Sempre gostei dos GNR. Já não os oiço muitas vezes, mas nunca me vou esquecer daqueles concertos que vi por altura da «Valsa dos Detectives» e que resultou no célebre In Vivo. E muito menos de quando descobri o «Psicopátria». A verdade é que dei por mim muito recentemente a ouvi-lo. E realmente não importa a idade. Aos 14 ou aos 34 anos, continuo a senti-lo como um grande álbum. E as letras são um espanto. Aliás, sempre achei que, nesse aspecto, muitas foram as vezes em que menosprezaram Rui Reininho. Vou aqui recuperar os Pós-modernos. Não será a música de que todos se recordam, mas tem uma letra tão actual que às vezes me apetece berrá-la só para ver se alguém percebe.
«... depois da V2 DDT PBX
Ketchup K7 kleenex kitchenette duplex
Twist again colourful wonderful
Chegou o T2-T4 c/garagem pró P2 turbo sound disco sound discussão?
Video-Club joy stick midi high-tech squash & sauna
Compact D (compre aqui?)...»
Ser mãe era a aspiração natural de todo o homem moderno
Ser o melhor é normal para os novos pobres deste colégio interno
Ter medo é a pulsão fundamental do criador & artista
Estar sóbrio é continuar permanecer positivista
«... E dantes as máquinas estavam sempre a avariar...»
Mas com uns pós modernos nada complicados
Sentimo-nos realizados
Ah! Os pós modernos agarram na angústia
E fazem dela uma outra indústria
Com os pós modernos nunca ganhamos
Mas também nada investimos
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