É absolutamente fantástico quando ao vermos um filme não conseguimos tirar os olhos do ecrã. Mais impressionante se torna se tal fenómeno se verifica após várias visualizações. Sou grande admirador de Sofia Copolla. Os seus filmes têm uma sensibilidade especial, difícil de caracterizar. Não importa o espaço ou o tempo em que decorrem. De uma forma impressionante acabam por nos prender e envolver-nos ao ponto de nos sentirmos um pouco mais vivos ao vê-los. Ou pelo menos mais humanos.
Provavelmente o melhor exemplo disso é Lost in Translation. Não sei se é da escolha de actores, do argumento, da banda sonora ou simplesmente do bom gosto demonstrado em cada momento do filme. Tudo tem um toque especial. E acho que nos faz sentir especiais, não no sentido de sermos únicos, mas o absoluto oposto, que há mais quem se sinta perdido por aqui. E não importa se crescemos em Nova Iorque ou em Lisboa. O sentimento aparenta ser o mesmo.
De um filme como este resta pouco para dizer. Fui à procura de um momento que expressasse a sua singularidade. Aproveitei e escolhi o que glorifica uma das músicas da minha vida. E nem importa a interpretação, que, esclareço já, acho magnífica. Foi um dos muitos momentos que me fizeram sorrir.
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