No "2001, Odisseia no Espaço", do Kubrick, não há naves espaciais que fazem zumbir - no vácuo - tiros laiser. Há macacos. Ou humanos pré-históricos. É mais isso. Isto no início do filme, numa reflexão sobre a evolução da espécie humana que resulta (e conclui) naquele que é considerado como um dos mais geniais raccord da história do cinema.
Um pouco (bastante?) antes deste momento, os nossos pré-históricos deparam-se com um monólito que os surpreende de tal maneira, que contribuiu para a sua evolução como espécie.
Esse calhau - perdão, monólito - suscita imensa discussão sobre o seu significado: será Deus?, algo divino?, extraterrestre?, reminiscência de uma antiga civilização? Nem pensar que vou esplanar uma qualquer teoria sobre esse assunto. Deixo apenas o convite a descobrir a solução que o Tim Burton encontrou para essa questão, no seu filme infantil "Charlie e a Fábrica de Chocolates", a partir do livro com o mesmo nome. Atentem no rápido pormenor de Oprah surgir antes dos pré-históricos, qual módulo espacial derivado de osso.
Por falor em bons raccords, o videoclip da canção representante de França na Eurovisão 2008 está pleno de excelentes soluções para a ligação - e coesão - entre planos. Vejam como o mesmo raccord consegue atravessar, mesmo, em alguns casos, de um lado para o outro, mais que dois planos.
t.
2 comentários:
A solução do Tim Burton é genial. E ousada. Como já te tinha dito só comparável ao Herman a chamar Deus de paneleiro. Amanhã publico esse momento genial do Herman Enciclopédia.
O vídeo francês é engraçado. Não se terão inspirado no nosso tão genuíno Marco Paulo, não?
E já agora: bem vindo ao blog. Abraço
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