9 de maio de 2008

“Por que no te callas!”


“Há motivos de sobra para censurar o Governo.”

Como é? O que disse? Terei ouvido bem? Quem disse esta frase? Olha que o Sócrates ainda manda a guarda. Como? Foi o Sócrates? Não pode ser. Esse senhor está sempre tão bem preparado que não comete gaffes!
Pois é. Este é o mais recente disparate do nosso primeiro ministro. Estou certo que o disse sem querer, mas normalmente assim se dizem as verdades. Esperem! Mas se foi um lapso ele deve ter corrigido imediatamente a frase. Será? Poderia ser, mas não. Eis o que afirmou pouco depois:

“Pode haver muitos motivos para censurar o Governo, mas não por estas razões.”

Ora por uma vez tenho de reconhecer que o nosso líder máximo, o mais que tudo, aquele que tudo sabe, não nos enganou. Sabia o que estava a dizer e reafirmou-o. E quem diz a verdade... não merece castigo, o tanas!
Realmente o senhor está a perder a compustura. No debate de ontem da moção de censura chegou a fazer um gesto para um deputado do PCP que eu julguei só poder observar no recreio das escolas onde trabalho. Quando confrontado com o seu próprio programa de 2005 pelo deputado António Filipe, começou a acenar a mão em frente à cara a chamar de cego ao seu inquiridor. Só lhe faltou tapar os ouvidos e começar a gritar como as crianças birrentas. Volto a repetir o que escrevi ontem: já não há paciência para estas atitudes mal educadas e indignas de um membro do governo (o seu líder ainda por cima). Só consigo pensar na falta que nos faz um tal de Juan Carlos para finalmente alguém lhe dizer:


“Por que no te callas!”

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