13 de junho de 2008

the happening

Já há muito tempo que não assistia a uma estreia no cinema. E ontem foi um pouco por acidente. Apreciador como sou de festejos populares e de outras confusões do género, fui à procura de saber se haveria algum filme que me despertasse curiosidade imediata. Para minha surpresa encontrei logo o que pretendia. The Happening estreava ontem. O simples facto de ser realizado por M. Night Shyamalan parecia ser suficiente. Estava certo que não iria ficar desapontado e ainda mais convencido fiquei depois de ver a apresentação no site oficial do filme.
Ontem era das noites perfeitas para ir ao cinema. Com o calor e os «santos» a ajudar, o Monumental estava vazio, pelo menos para as sessões da meia noite. Às primeiras imagens o filme corresponde exactamente ao que esperava. A ambiência particular de Shyamalan estava lá e a história, absolutamente coerente com os seus trabalhos anteriores, prendia imediatamente a atenção. E a ideia, que até pode não ser original, era fantástica. Imaginem de repente o ser humano perder o controlo sobre si próprio e, em vez de entrar numa espiral assassina, enveredar pelo suicídio. Obviamente não quero dizer muito mais, sobretudo porque acho que vale a pena deslocarem-se ao cinema e verem com os vossos olhos. E digo-vos, há momentos de grande inspiração, quer na realização, quer no argumento.
Já perceberam que sou claramente parcial quando falo deste realizador. E nem sei bem explicar porquê. O que sei é que ainda não vi um filme dele que não me marcasse. E é sempre em pequenos pormenores que o consegue. Pode não ser espectacular e dinâmico como Tarantino, mas estou certo que também ficará ligado à História da 7ª Arte. São poucos os realizadores que assumem a responsabilidade de escrever, dirigir e produzir um filme. E nesse aspecto M. Night é imbatível. Termino à crítico, para dar um aspecto sério à coisa. A não perder.

P.S. – Só houve algo que me irritou ontem. Não sei se a ASAE tem alguma coisa a ver com isto, mas as luzes que indicam a saída da sala eram estupidamente fortes. E porra, o cinema é para se ver às escuras. Aqueles sinais vêem-se no Atrium Saldanha. Não havia necessidade...

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