Os anos 80, de que agora ninguém se envergonha de falar, foram pródigos em sucessos musicais, sobretudo daqueles que acabavam em fade out. Alguns engraçados, outros sofríveis, mas todos marcaram uma geração que hoje não esconde um sorriso quando os ouve.
Houve por aí uma época em que não se podia falar em Human League, Soft Cell ou Duran Duran sem ser vilipendiado com uma série de impropérios. Mesmo quando a música tinha inegável qualidade, parecia difícil convencer os dogmáticos dos anos 90 que a década anterior até tinha de ser considerada. O preconceito era tão grande que hoje dá-me um gozo enorme ver aqueles que tanto criticavam divertirem-se e cantarem as músicas como o comum dos mortais. E não me interpretem mal. Realmente considero os anos 90 extraordinários a nível musical. E melhor ainda a década em que vivemos. Mas há que reconhecer que durante muito tempo foi difícil no mundo musical recuperar a alegria e a inocência daqueles anos.
Uma das músicas de que me recordo e ainda gosto de ouvir foi escrita por um senhor chamado Giorgio Moroder e interpretada pelo vocalista dos Human League, Phil Oakley. Era a composição perfeita para um daqueles filmes também só possíveis há vinte e tal anos, de seu nome Electric Dreams. O cinema era como a música: alegre e despreocupado. Na época não havia a Blockbuster e as estreias de cinema ainda eram aguardadas com ansiedade. E, no meio dos bons filmes, lá vinha uma comédia romântica engraçada ou uma aventura, tal como hoje acontece, apenas sem o pretensiosismo das grandes produções e dos actores de renome. Nos próximos tempos irei colocar alguns exemplos do que falo e se calhar até vale a pena ir ao vídeo clube, nem que seja só para rir um bocadinho.
2 comentários:
Eu estava procurando essa música loucamente...
Eu tinha 13 anos qdo ouvia essa música nas aulas de aeróbica, naquela época era a ginástica da moda...
ê saudades...
Oiço com uma frequência que é melhor nem aqui contar. Deliciosa...
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