31 de março de 2009
no passa nada
30 de março de 2009
ideias banais e como dizem os racionais
Gotemburgo, Suécia. Sábado, 28 de Março. Mal eles sabiam que por cá eram exactamente uns suecos que lixavam a iniciativa.
Imagem daqui.
29 de março de 2009
Stage two
Je monte un cheval,
qui porte des œillères.
Hey, my eyes are shooting sparks,
la nuit, mes yeux t'éclairent.
28 de março de 2009
27 de março de 2009
azulejos
Eu bem que queria falar sobre umas certas declarações de um tal Lula, mas a minha religião não me permite. Portanto, e sempre na vanguarda do sentimento quando lá chego já estou farto, vou falar do assunto que preocupa verdadeiramente a mente de todo o gajo que se preze. A Playboy. A revista mais usada nos testes de azulejos (de resistência e durabilidade, que os fabricantes com isto não brincam). Valha-nos o Hugh Hefner que lá percebeu que em Portugal há um filão por explorar. E o homem é um verdadeiro visionário. A azulejaria portuguesa é um dos marcos culturais a preservar e a sua tradição por cá persiste há mais de quinhentos anos. E o gajo sabe disso. Podem crer! É por isso, de resto, que escrevo este post. Não é pelas gajas, que isto é um site de respeito. É que até estou a pensar lançar uma petição para que lhe atribuam a Ordem do Infante. Nenhum título seria tão apropriado para o incentivo dado à tal indústria do azulejo. É assim que se promove o desenvolvimento económico. Aprendam.
26 de março de 2009
qual a capital da França? (II)
É extraordinário o número de visitas que por aqui recebo à conta de um post intitulado «qual a capital da França?». O título era uma piada sobre o concurso de Alzheimer dos Gato Fedorento e procurava tão somente evidenciar a memória de três segundos de grande parte da população portuguesa. Nunca imaginei que realmente alguém procurasse no google esta mesma frase. E muito menos que fosse aqui que viriam procurar tão elementar resposta que obviamente já não me recordo. Mas tenho por aí anotado algures. Acho que conheço alguém que lá vive.
25 de março de 2009
as part of an adverb
Os números valem mais que a qualidade. É o que vou sabendo pela boca da nossa ministra. Sempre orgulhosa da sua marcha, nada a detém, nem mesmo a realidade. Hoje é o número das faltas que diminui, amanhã o analfabetismo é irradicado do planeta. Obra sua, claro, ao introduzir este imaculado Estatuto do Aluno.
Já nem me apetece explicar por que é este Estatuto tão mau. Quem com ele trabalha sabe bem o que ele representa e compreende a sobrecarga que foi imposta aos directores de turma e professores. Digo bem, pois os alunos pouco ou nada sentiram com a mudança. Os bons e cumpridores alunos assim continuam. Os outros também. E as turmas continuam a ter o mesmo número. As presenças oscilam como o habitual.
O que mudou então? A resposta é fácil. Introduziu-se uma prova. Mais uma. E para castigar quem: os professores, que perante os incumpridores alunos, ficaram incumbidos de realizar provas de recuperação. Sem ordem nem nexo, ao sabor de cada escola e de cada entendimento, pois o ministério não se preocupa com tais miudezas. Os alunos que a ela são submetidos estão na mesma. Continuam a faltar como sempre o fizeram ou continuam a frequentar as salas de aula. Os que faltaram à prova ficam retidos, mas, e pelo menos para os que estão dentro da escolaridade obrigatória, nada muda.
Como devem imaginar tudo isto é feito em nome da qualidade. E os números apresentados reflectem apenas uma situação típica em Portugal: a capacidade de todos em lidarem com o ridículo. Os professores deixaram de marcar mais umas faltas, pois sabem bem que se as marcarem os únicos penalizados serão eles.
É disto que a ministra se orgulha. Do milagre estatístico. É disto que os portugueses gostam. Das aparências. Que tudo isto seja estúpido é indiferente.
À tarde, em conversa com uma colega de armas, falávamos dos alunos. Estes que cada vez mais estão «presentes», mas que desconhecem em absoluto a exigência, a responsabilidade e a educação. Dizia-me ela que os pais um dia vão perceber. E que tal acontecerá quando os filhos canalizarem a sua agressividade para eles. A tal agressividade física que é cada vez mais notícia. Pode ser que sim. Pode ser que seja exactamente o que falta.
24 de março de 2009
Tenho Orgulho em Ser Uma Vaca
A questão: já alguém viu o Becas e o Cândido Mota juntos?
t.
23 de março de 2009
a estupidez tem limites?
Fair Play - The generic concept of fair play is a fundamental part of the game of football. It represents the positive benefits of playing by the rules, using common sense and respecting fellow players, referees, opponents and fans.
22 de março de 2009
almost monday
21 de março de 2009
20 de março de 2009
e agora, já percebem?
suspendam a democracia (mesmo!)
Porra! Isto não é uma causa do PCP, do BE ou de qualquer partido. O anúncio é inadmissível. Sobretudo vindo de uma rádio pública. Tem de merecer o repúdio imediato de toda a classe política. Há quatro anos que vejo campanhas anti-sindicais, mas isto é um atentado. É contribuir para a deseducação e desinformação. Não se pode, não se deve dizer alarvidades destas sobre um direito constitucionalmente garantido. Mesmo a brincar. Isto é repetir uma corrente de opinião que nada percebe e nada quer perceber. A não ser do seu próprio umbigo. Não deixo de me surpreender com a facilidade com que se cospe no próprio prato, em nome de interesses imediatos e incompreensíveis. Que se lixe, suspendam tudo. O direito à manifestação quando fico preso no trânsito, o voto quando interfere na minha ida à praia, a liberdade quando chateia o vizinho. Tenham paciência!
P.S.- O que aqui defendo não é censura. É que por uma vez haja consequências nas decisões mal tomadas. O anúncio não é inocente. Esta rádio pública é paga com os nossos impostos, não está ao serviço de propaganda do PS. E isto é só propaganda. Se este spot fosse de uma qualquer estação privada a questão para mim tornar-se-ia irrelevante. Podia ser transmitido 553 mil vezes. Era só estúpido, nada mais. E continuava a merecer repúdio dos responsáveis políticos. Como devem saber não é sinónimo de censura.
19 de março de 2009
só para quem pode
Um português no estrangeiro é considerado um bom trabalhador. Seja ele empregado da construção civil ou investigador. É o que oiço amiúde. Ao que parece o mesmo acontece com os políticos. Um primeiro ministro que de cá saiu sem nada feito torna-se num apreciado presidente da Comissão Europeia. Provoca uma crise política pelo meio, mas não importa. O mesmo se pode dizer de Guterres e da fantástica função que exerce na ONU. Não se pode impor um requisito para estes cargos? Do género... fazer um bom trabalho domesticamente. Não é essa a lógica da produtividade? Fizeste um bom trabalho, és recompensado com uma promoção. É que nem ponho em causa o trabalho que estão a desenvolver, mas se esta gente dependesse dos resultados apresentados para progredir, a única coisa a que poderiam aspirar era ao rendimento social de inserção.
18 de março de 2009
vale mesmo tudo
17 de março de 2009
inocuidade
O deputado António Filipe queixava-se há pouco no Twitter que amanhã seria mais um dia de propaganda na Assembleia. Provavelmente tem razão. Propus-lhe, então, que não colaborasse. Que o silêncio seria uma fantástica resposta.
Imaginem como seria interessante nos próximos debates com o primeiro ministro deixá-lo entregue à sua própria verborreia. E reparem que até faria sentido. De uma forma ou de outra ele nunca responde ao que lhe perguntam. Qualquer afirmação é imediatamente transformada numa campanha infame. E contra este nível de discussão política o silêncio faz sentido.
O deputado respondeu, como seria de esperar, que não é esse o papel dos deputados, que são pagos para intervir. O problema é que neste momento é esta a democracia que temos. Era importante por uma vez espremer até ao tutano o discurso de Sócrates. E sem resposta rapidamente se perceberia a sua inocuidade e superficialidade. Sei bem que até estou a ser inocente. Mas nem estou assim tão distante da realidade.
a importância de ser ernesto
In Publico.pt
Estas palavras foram ditas e repetidas diversas vezes e em inúmeras variações nos últimos dias. A todas elas respondeu o governo com a mesma sobranceria. Valha-nos que desta vez foram ditas por alguém da já famosa «esquerda democrática». Seja lá o que for que tal quer dizer.
para mim são todos azuis
Detesto os falsos moralismos que envolvem estas questões. A situação da Escola de Barqueiros não é virgem. O que a escola não soube foi preservar a imagem da sua castidade. E neste lindo país à beira-mar plantado seria o suficiente. Não abriria jornais, nem fomentava discussões. Fazê-lo às claras é que chateia, pois nós cá gostamos mesmo é de nos apelidar de tolerantes. Mas nem é isso que me leva a ter vontade de escrever sobre o assunto. O que me leva no meu universo paralelo a desatar à chapada a esta gente é o maravilhoso conceito da discriminação positiva. Discriminar positivamente é favorecer um indivíduo ou um grupo de indivíduos, que à partida estariam em desvantagem e procurar chegar a um ponto de equilíbrio. Todos sabemos que não é o caso. É imbecil e estúpido defende-lo. Ora é isto exactamente que a escola, a DREN e agora a alta comissária para a integração estão a fazer. Este assunto não é uma causa anti-socialista, não é uma questão de esquerda, não é uma cabala. É puro e simples chico-espertismo na resolução de uma situação incómoda. Daquelas que ninguém quer aturar. E é por isso que é discriminação pura. Aliás, tudo estaria na paz do senhor se ninguém tivesse dado com a língua nos dentes.
16 de março de 2009
o que não fazer mais logo
Fujam a sete pés. Ide para o Porto, Coimbra, Ansião ou até Boliqueime. Ide para onde vos apetecer. Apenas não se aventurem pelo Coliseu mais logo. Eu cá também gosto de Sisters of Mercy. Floodland é um daqueles álbuns para mais tarde (ou já) recordar e Temple of Love ainda me fará dançar no túmulo. Simplesmente é pelo túmulo que estes moços andam. O concerto de 2006 que presenciei (e os outros a que me baldei, mas dos quais ouvi relatos) foi um autêntico pesadelo. Um manto de nevoeiro, com uns guitarristas de camisinha de alças a assassinarem toda a imagética construída durante décadas. Quase me fizeram esquecer o que lá me tinha levado. E estive uns bons meses sem conseguir ouvir uma única das suas músicas. Tenham, portanto, amor à carteira que o tempo é de crise. E 25 euros ainda dão para um bom jantarinho.
apedrejamento
Carvalho da Silva: Tenho de dizer sim?
Apedrejador: Sim
Carvalho da Silva: Sim.
Socialista oficial: Foste considerado culpado pelos anciães do Restelo de pronunciar o nome do senhor e, assim, como blasfemo...
Público: Ooooh!
Socialista oficial: ...vais ser apedrejado até à morte.
Público: Ahh!
Carvalho da Silva: Olhem, eu tinha jantado bem e a única coisa que disse à minha mulher foi: “Este naco na pedra estava capaz de agradar ao próprio Sócrates.”
Público: Oooooh!
Socialista oficial: Blasfémia! Ele repetiu outra vez!
15 de março de 2009
com a verdade m´enganas
Esta democracia está uma valente merda. Podem crer que está.
14 de março de 2009
13 de março de 2009
Zeitgeist
"The years shall run like rabbits,
For in my arms I hold
The Flower of the Ages,
And the first love of the world."
But all the clocks in the city
Began to whirr and chime:
"O let not Time deceive you,
You cannot conquer Time....
"O plunge your hands in water,
Plunge them in up to the wrist;
Stare, stare in the basin
And wonder what you've missed."
from W.H. Auden's "As I Walked Out One Evening" (1937)
socialistas anónimos
12 de março de 2009
"É do conhecimento geral a necessidade de formar professores de espanhol, uma vez que o número de professores existentes não chega para colmatar as necessidades que desde há três anos se verificam. O aumento de escolas nas quais a disciplina de espanhol é uma opção é algo que vemos com muito agrado e, como professores de espanhol que somos, com licenciaturas de quatro anos e mais dois anos de pós- licenciatura para obtermos a profissionalização, consideramos a expansão da língua espanhola uma mais-valia para os nossos alunos.
Esta necessidade de formação, deu origem a uma excepção aberta pelo Ministério da Educação para o concurso de contratação 2009/2010 em que, e passo a citar: “Também podem ser candidatos, com habilitação profissional, ao grupo de recrutamento código 350 (Espanhol) os seguintes docentes:
1– Candidatos titulares de uma qualificação profissional numa Língua estrangeira e/ou
Português, que possuam na componente cientifica da sua formação, a variante Espanhol ou o Diploma Espanhol de Língua Estrangeira (DELE) nível C, do Instituto Cervantes.
2– Apenas poderão ser candidatos, os professores com qualificação profissional para os grupos de recrutamento 200, 210, 220, 300, 310, 320, 330 e 340.”
Assim, os professores possuidores de uma licenciatura e um estágio profissional em espanhol serão certamente ultrapassados no concurso por outros de diferentes grupos apesar de não terem formação específica na área. Teremos então licenciados de Português, Inglês, Francês ou Alemão nos quadros de Espanhol enquanto os que obtiveram uma licenciatura e uma profissionalização na área poderão ficar para trás. Sendo os professores de espanhol na sua maioria jovens, com pouco tempo de serviço ficarão assim as aulas da disciplina a cargo de professores mais experientes, mas apenas com um mínimo de formação na disciplina.
Mostramos por estas razões a nossa indignação no que diz respeito a esta excepção, uma vez que gerará uma situação muito injusta para com os professores de espanhol profissionalizados na disciplina, uma vez que poderão ser ultrapassados na lista de graduação e consequente afectação ou colocação por docentes de outros grupos de recrutamento sem habilitação profissional efectiva para a disciplina. Consideramos que é urgente a formação de mais professores de espanhol de forma a responder às necessidades existentes, mas consideramos também que esta formação não pode passar somente pela rapidez mas também pela qualidade. Não queremos de forma alguma pôr em causa a capacidade e a credibilidade dos colegas dos referidos grupos de recrutamento, mas não nos parece de todo viável que lhes seja conferida habilitação profissional para o grupo de recrutamento 350 apenas por reunirem as condições consideradas excepcionais pelo Ministério da Educação. É uma situação injusta também para todos os candidatos licenciados em espanhol portadores de habilitação própria, que por algum motivo ainda não realizaram a profissionalização e para todos os candidatos finalistas, que não poderão concorrer ao concurso de contratação 2009/2010."
eu concurso, tu concursas...
Há quem goste de não perceber. Eu também gostava. Gostava de não saber que amanhã abre novo concurso de professores. Adorava acreditar que é um processo normal, com as vagas necessárias, feito para suprir as necessidades das escolas. Obviamente não tenho tal sorte. Sei que mais uma vez um governo não cumpre a lei, esconde as reais carências e consegue ainda o milagre da viciação das listas, através da ridícula avaliação do ano passado.
2.600 vagas para o quadro. Como eu gostava de ser um «calhau com olhos» que não percebe o que isto significa. Adorava não conhecer a precariedade, a instabilidade e o cansaço que tal situação provoca. Que para muitos isto significa mais quatro anos a contrato. A somar em muitos casos a outros dez ou quinze. Mas claro que isto não tem nada a ver com a qualidade do ensino. Afinal, e ao contrário das outras profissões, a de professor não precisa de motivação e boas condições de trabalho. Isso é só para os outros. Para os gestores, os empreendedores e outros que tais. Os professores, essa canalha que não trabalha e nada faz, não merecem nada.
Para os socialistas convictos gostava de lhes recordar outro tempo. Aquele da demissão do governo de Guterres. Ficou, então, na gaveta um acordo assinado com os sindicatos que provia de lugar nos quadros todos os professores com mais de seis anos de serviço. Bem sei que o Estado não é um centro de emprego, mas reparem que na lei geral são três os anos necessários para que tal suceda numa empresa. Repunha-se alguma justiça, portanto. Até por que estes professores continuam nas escolas. Continuam a ser necessários. A ironia é esta: sabem porque não cumpriu o governo o acordo? Considerava que como governo de gestão não tinha legitimidade para honrar o estipulado. Será preciso dizer mais alguma coisa?
ao que isto já chegou
Comentário de um gajo qualquer (aparentemente especialista na modalidade, seja lá o que for que isso quer dizer) a propósito dos jogadores de um torneio ontem transmitido:
«Não sei se fazem bem. Estes jogadores por vezes optam por blufar em demasia.»
Ora, francamente!
11 de março de 2009
mas que grande phada esta
10 de março de 2009
do tempo em que se escrevia com ph
“Há duas espécies de fadas: as fadas boas e as fadas más. As fadas boas fazem coisas boas e as fadas más fazem coisas más.”
Sophia de Mello Breyner Andresen, A Fada Oriana
Sempre que por motivos profissionais me deparo com esta obra é um sarilho. O livro é engraçado. Os miúdos até costumam gostar. O problema reside no inevitável e juvenil trocadilho que sempre ocorre a qualquer adulto quando lê o primeiro parágrafo acima transcrito (o título abstenho-me de comentar, uma vez que a minha religião não o permite). A Sophia era uma malandra. Ninguém com mais de dez anos consegue ler isto sem, no mínimo, esboçar um sorriso.
O Anormal Mundo Novo!
9 de março de 2009
don´t touch Jimmy!!!
8 de março de 2009
volta a falar assim comigo e acertamos contas lá fora
in Publico.pt
(declarações atribuídas a um qualquer gajo socialista que agora não me recordo e que é melhor não fulanizar)
Como disse?!? A sério? Não podia estar mais de acordo. E sobre isto, que pensa? Ah, pois, bem sei, é melhor não apontar casos concretos.
A distinta lata desta gente.
7 de março de 2009
6 de março de 2009
será isto uma campanha rosa?
Na primeira página do Diário Económico podemos hoje ler que o PS pretende acabar com as taxas na saúde. É interessante, particularmente no dia em que este mesmo partido chumbou todas as propostas da oposição que pretendiam acabar com estas mesmas taxas. Se poucas dúvidas existiam sobre a linha editorial do dito pasquim, creio terem ficado desfeitas. A menos que queiram considerar que o pobre jornalista não sabe de todo o que anda a fazer. É pena que nada se tenha ouvido sobre este e outros directores de jornal no passado fim de semana. É que isto é que é pura desinformação.
finalmente
Aqui venho neste espaço manifestar o meu total apoio a José Eduardo Martins. Querer dar uns tabefes a Afonso Candal é comum a qualquer pessoa com mais de dois neurónios em funcionamento. E, com franqueza, com o actual nível de muitas bancadas parlamentares, este tipo de procedimento até poderia levar mais portugueses a interessarem-se pela política. A considerar.
5 de março de 2009
fais mes devoirs
A polémica educativa do momento em França é este sitezinho que vos deixo aqui para consulta. Parece que paizinhos e professores não estão a achar piada nenhuma à ideia. Os putos, claro, deliram. Afinal de contas é genial. Em troca de uns tostões (que ainda por cima cravam aos papás) podem marimbar-se para os TPC e garantir que eles apareçam feitos. Ainda por cima bem feitos.
Sempre gostaria de saber o que por cá diria a Confap. É que normalmente estes senhores até dizem que os professores não deviam sobrecarregar as pobres criancinhas com estes trabalhos. É injusto para elas e para os pais. Dizem eles, não eu.
Seja como for isto abre todo um conjunto de novas oportunidades* de negócio. À atenção do pessoal empreendedor. E os encarregados de educação por cá agradecem. Desde já deixo estes possíveis espaços de ajuda escolar à vossa consideração:
precisodeumpardeestalos.com
arrequenaopercebonadadisto.net
comoconseguirunstenisnovossendoumaverdadeirabesta.pt
alguemquemecuidedopirralhoqueeutenhodeiraoshopping.com.pt
Ora digam lá se não seriam um sucesso. link
*designação usada sem nenhuma intenção de diminuir a importância dos novos cursos criados pelo senhor todo poderoso e sem qualquer intenção de contribuir para campanhas negras, insídias ou cabalas.
4 de março de 2009
how to disappear completely
sub rosa
Para quem não sabe, a expressão sub rosa significa confidencialmente. É engraçada a forma como é usada pelo autor para evidenciar o avanço das sociedades modernas. link link
3 de março de 2009
crucifiction? yes please!
o desprezo da actividade cerebral
Todos sabemos que isto é verdade. O que nos levará então a «enterrar a cabeça na areia como a avestruz»? Bem sei que esta questão da avestruz não é um facto científico, mas também não o é o sucesso anunciado. Vale bem a pena ouvir esta entrevista até ao fim. Já agora... a resposta à pergunta feita no rodapé pela SIC é simples. Tudo mudou. Não foi para melhor, mas mudou. link
2 de março de 2009
mais do mesmo
Este é mais um cambalacho indescritível. Só possível numa república das bananas. E reparem que nem com um caso Freeport a decorrer esta gente se inibe. O bom ladrão é aquele que rouba à vista de todos, não há dúvida. E este é daqueles favorecimentos que só servem ao diabo. É impressionante quando uma boa ideia se revela afinal uma verdadeira merda.
resistir à crise é para rotos
Seja lá como for, vejam e aprendam. Os homens quando pegam é para estraçalhar aquilo tudo. Clubes de futebol incluídos, que como sabemos não é mesmo negócio de gaja. Ou não era, antes daqueles palhaços dos «Velosos e Danis» andarem nas passarelas. Eu queria era ver uma mulher a conseguir arrasar assim com um clube. Amadoras!
1 de março de 2009
Paint It Black
Todos os filmes de Kubrick estão repletos de momentos inesquecíveis e escolhi colocar neste espaço Nascido para Matar por ter um dos meus finais preferidos e a minha música favorita dos Stones: Paint It Black.
Nascido para Matar explora mais o tema da colonização (do indivíduo e países em geral) do que o Vietname ou a Tet offensive. Elíptico e com rimas internas (os sons ressonantes do marine psicopata na primeira parte e a morte de um sniper feminino no segundo) continua, na sua essência, a ser um filme sobre o presente.
Negócios para gaja resistem à crise...
vicky cristina barcelona
Vamos começar pela cidade. A única em que me imagino a viver para além de Lisboa. A Barcelona romântica estava lá. A de Záfon, das Ramblas e de Gaudi. No fim do filme a vontade foi seguir para o aeroporto. Não estava nada mal.
Os actores. Tudo bem escolhido como é usual. De Scarlett nem vale a pena falar. Rebecca Hall, diga-se, também nada lhe deve. Javier Bardem e Penélope Cruz. Excelentes personagens, boas interpretações. Nada de original, porém. Todo aquele universo cheirava um pouquinho a Almodóvar. Sem a «rotice», claro. Not that there’s anything wrong with that.
No geral. Duas horinhas bem passadas e um filme que deixa vontade de rever. Woody Allen no seu melhor. Não é uma obra prima, mas está muito bem. Esta mudança de continente não lhe está a sair nada mal.