21 de maio de 2009

Perfeito do Indicativo, Segunda Pessoal do Singular


Não quero saber ou comentar a história da professora, o processo que deverá estar a decorrer, a escandaleira, as tomadas de posição, as opções editoriais da SIC, nada isso.

Há um momento interessante neste vídeo, ligado a outro momento no início. Vejamos:

01:10 - "Eu andei:
12 anos na escola,
+ 4 na faculdade,
+ 2 nos estágios,
+ 2 numa pós-graduação,
+ 1 numa especialização."

Mas / porém / todavia / contudo, oiçamos atentivamente aos 02:40:
"Tu nem sabes no que te (...)".

O que eu gosto da douturada presunção de cultura e sabedoria.
Da sociedade, não da douturada. A presunção, não a cultura ou a sabedoria. Que confusão?

t.



Por amor da santa: Não interessa aqui o caso da professora. O que foi realçado nos tempos do vídeo poderia ter sido dito por qualquer outro socialmente-resplandescente douturado. O problema é a social presunção de cultura e sabedoria perante senhores doutores que, sabendo-o, se vangloriam e se aproveitam da mediocridade pantanosa que os rodeia. E, naturalmente, o problema principal é haver essa presunção de cultura e sabedoria. Não interessa, em si, quem o disse, e muito menos isto será uma crítica directa à pessoa. Esqueçam a professora em questão ou a história original a que este post está ligado. A questão lembrada aqui é deveras abrangente.


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