Eu bem vos digo que o que falta aqui é coerência. Independentemente da cor partidária ou do juízo de cada um. Os intervenientes têm pouco em comum, mas é extraordinário como neste caso tão simples (tal como o outro) ninguém estranhe a suspensão. A medida é aplicada enquanto decorre o processo disciplinar. Normal? Então e a presunção de inocência já nada interessa? Ao que parece não. Não para esta professora.
Reparem que isto nem precisava de ser um assunto. Noutros tempos (a long time ago, in a galaxy far far away...) entendia-se que os titulares de cargos políticos assumiam as responsabilidades políticas dos seus actos. Lembro-me de um ministro demitido por uma vírgula, outro por contar uma anedota, outro ainda por não ter declarado uma propriedade. Mesmo que com isso nada tenha beneficiado. Este último chamava-se António Vitorino.
É esta estranha forma de ser do governo de Sócrates que me impressiona. A teimosia, a completa indiferença à opinião pública. O discurso do nós ou o caos, não tão distante do «orgulhosamente sós». E de nada parecem ter medo, tal o sentimento de impunidade. É outra vez a história da mulher, embora isto não seja uma questão de género. Ou se calhar é e já está na altura de pedir antes ao homem para ser sério.
1 comentário:
É o caos a que este país chegou...é uma estranha forma de vida, a deste governo.
Enviar um comentário