Eu, grande idiota, me confesso. Lá assisti novamente a mais um debate quinzenal. É um exercício de profunda estupidez, bem sei, mas que querem que vos diga? Desta vez, só para aligeirar a coisa e sobretudo para não me sentir sozinho, acompanhei em simultâneo o Twitter. E foi engraçado. Particularmente por a determinada altura me ter envolvido numa troca de palavras com um deputado do PS.
A propósito da intervenção de Jerónimo de Sousa, que questiona o governo sobre a oportunidade da desestabilização que está a provocar na classe dos enfermeiros (podem ver o vídeo, acontece lá para os 4.25), o deputado António Galamba escreveu o seguinte:
@antoniogalamba #deb15 PCP diz "estarmos em tempo de não provocar mais desestabilização". Quem organiza as manifestações?
(é literal, até gravei o tweet por via das dúvidas)
Obviamente não resisti a questioná-lo acerca da sua afirmação. Apesar de já estar habituado, acho sempre engraçado um deputado de um partido dito de esquerda menosprezar tal direito constitucional. A razão de quem protesta, se a luta é justa ou injusta, isso não merece qualquer consideração. E esta é a retórica habitual deste PS. O deputado, tal como o primeiro-ministro adoram esta táctica. Não respondem às perguntas, questionam quem os inquire. E resulta. E depois fazem associações fáceis, como se a lógica, de facto, fosse uma batata. Vejam o que me escreveu mais à frente:
@antoniogalamba Discurso directo a propósito da manif. enfermeiros.Medidas Gov=Desestabilização=Manifs.Só escrevi "Quem organiza as manifestações?
Ora lá está, se o PCP usou tais palavras é só somar dois mais dois. O resultado é obviamente cinco. Parvos somos nós por daí depreendermos algo mais. Eu não sei o que sentem ao ler isto, mas eu senti-me triste ao escrevê-lo. Valha-nos o silogismo demonstrativo. Talvez esse explique.
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