Depois de em Março passado ter visto a improvável união dos professores culminar numa manifestação inesquecível, reparo agora que tudo voltou ao normal. Sindicatos e movimentos da classe não se entendem e marcaram duas manifestações para datas diferentes, 8 e 15 de Novembro.
Ora se já é improvável que uma consiga o sucesso obtido em Março, quem é que no seu perfeito juízo acredita que com esta divisão se conseguirá alguma coisa? Infelizmente, e ao que parece, o descontentamento com a actual situação profissional já não é suficiente para gerar consensos. Os sindicatos acusam os movimentos de estarem ao serviço do governo, os movimentos acusam os sindicatos de os ignorarem e no meio de tudo isto quem se lixa é quem escolheu... ensinar.
Há muito que não estou contente com os sindicatos que nos representam. Assim só consigo ficar igualmente descontente com os movimentos que nos querem representar. Não há paciência para lidar com estas parvoíces quando está em cima da mesa um Estatuto da Carreira Docente inacreditável, quando temos de lidar com um imbecil e irresponsável Estatuto do Aluno e quando, no meio de tudo isto, ainda querem aplicar uma avaliação absurda.
Esqueçam as desavenças. Encontrem uma data comum. Estas trapalhadas só nos desacreditam e desprestigiam. Será assim tão difícil esquecer interesses próprios e pensar naqueles que de facto deviam estar a representar. O que a ministra se deve estar a rir disto!
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