28 de junho de 2009

ainda à espera

Tenho observado com muito interesse as repercussões do debate parlamentar da passada semana. Esperei e esperei por ouvir um pedido de desculpas pelas duas mentiras proferidas pelo primeiro-ministro na Assembleia da República. Em vez disso o que vi, ouvi e li foram fugas para a frente. Altera-se a agenda e ignora-se o que foi dito na esperança que o assunto morra por si. Até pode ser que assim aconteça, mas fica a evidência para quem não anda distraído. Quando nenhuma responsabilidade política se apura num caso desta gravidade está tudo dito. E é grave, não duvidem. Será que ainda alguém se recorda dos tempos em que ministros e secretários de estado retiravam consequências dos seus actos? Uma vírgula, uma anedota, uma declaração mal preenchida resultavam antes na assunção de responsabilidades.
Divertido é depois vê-los questionarem-se sobre o afastamento dos cidadãos da política...

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