26 de janeiro de 2009

manobras de diversão

A entrevista que acabei de ver do ministro Pedro Silva Pereira é esclarecedora. Das intenções de persistir na tese da cabala e na vitimização. Lá virão mais uma vez criticar o jornalista por não ter deixado o pobre e bem intencionado serviçal responder, mas caramba... o que se pode fazer a quem evita todas as perguntas. E aquela tentativa patética de separar as datas da alteração da ZPE com o licenciamento só serviu para lançar mais suspeitas. É óbvio que a data de publicação da alteração é diferente e é claro que não é essa data que importa. O que importa é a aprovação no Conselho de Ministros, quando é de facto tomada a decisão. E essa é coincidente.
O mais espantoso é verificar o total embaraço perante aquelas relações familiares/empresariais/ministreriais. Se há algo que não tenho dúvidas é que em Portugal tudo funciona com aquele tipo de favores e apadrinhamentos. Não vale a pena negar. Se não é crime, é no mínimo moralmente reprovável. E ao contrário do que muitos pensam, tais favores ainda são mais significativos quando abandonamos Lisboa. Aí a promiscuidade é total.
Em conclusão, tudo o que foi dito em nada melhora a imagem do nosso primeiro. O que até surpreende, diga-se. Neste momento só uma fé inexplicável pode sustentar a crença em José Sócrates.

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