Mais um ano, mais um processo de candidatura, mais um ou dois meses de incertezas. Juro que já não aguento ver códigos de escola. Odeio o simples facto de saber que eles existem. Este ano optei por pouco. Não mais quero horários reduzidos, não mais me afasto do meu concelho, não volto a aceitar horários temporários. E sei bem o que isso pode custar. O desemprego pode tornar-se real, mas não mais em consciência consigo pactuar com a indignidade a que nos submetem. Se é o que desejam, assim seja. O único lamento, e é mesmo o único, é que dos milhares de contratados que por aí andam não haja coragem para recusar trabalhar a qualquer custo, para somar (e isto já dá vontade de rir) mais uns dias de serviço. Como se esses dias garantissem estabilidade no futuro. Isto é, de resto, sintomático da miséria a que vetaram todo o sistema. Todos funcionam (professores, alunos, encarregados de educação) na esperança de alcançar a cenoura que só lá se encontra para dar alento à caminhada.
Pois eu não sei bem o que vai acontecer. Mas sinceramente quero cada vez preocupar-me menos. Sei bem que não sou insubstituível. Ninguém é. O problema só surgirá quando já não houver ninguém a querer ocupar o lugar. E apesar de estar bem longe, esse dia de miséria também chegará. É o nosso fado, nada há a fazer. link
You don't need this disease
Not right now
No you don't need this disease
Not right now
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