5 de julho de 2009

“É tarde”!

É óbvio que cada um lê o que entende e daí retira o que lhe convém. Eu cá não sou diferente nem pretendo ser. Mas, e digo-o com espanto, não percebo porque tantos se entretêm a ler entrevistas de escritores de novelas, ignorando por completo uma análise lúcida como esta. Vale a pena ler todo o texto e não só o parágrafo que aqui vos deixo. A política não deve ser tratada com febre clubística. Para isso existe o futebol. E devia chegar para extravazar toda a irracionalidade.

«O inventário da queda ainda está por fazer. Mas já é possível enumerar alguns erros fatais. O primeiro, de carácter estratégico, foi o de declarar guerra a vários inimigos antes de ter planos preparados e tropas prontas. Foram os casos dos juízes, dos professores e dos médicos, entre outros. No dia de tomada de posse, com alarido e surpresa, atacou os magistrados. Todos. Culpados e preguiçosos. Depois, evidentemente, não conseguiu nem soube fazer a reforma da justiça. Nos dias seguintes, os professores levaram a sua conta. Mandriões e incompetentes. No fim do mandato, era a guerra civil e tudo está por fazer.»

António Barreto

texto integral aqui

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