O tio Alberto João quer, ao que parece, erradicar o comunismo. Diz, como é hábito, aquilo que muitos pensam, embora em surdina, que dá mesmo jeito ser o labrego lá da Madeira a sobre o assunto defecar. A ideia é absurda, antidemocrática, presumo que anticonstitucional, mas não importa, serve o desígnio maior de embaraçar e desviar as atenções.
Na educação a ministra diz que não muda, mas altera, não, simplifica, e a OCDE diz que é bom, mas afinal tem de ser mudado, os sindicatos ficam sem nada saber e já há uma pioneira escola com a voraz iniciativa de mostrar que faz mais e melhor que as outras. Ah, e não esquecer, os professores são os trabalhadores mais bem pagos da Europa, não, desculpem, do mundo, esperem, a Lusa escreveu do universo, aguardem, os ressabiados leram do «infinito e mais além.»
A gripe mata, mas pouco e a vacina chega, mas tarde. Não importa, pois o SNS é eficaz, os números aumentam e já ninguém os quer somar e afinal de contas esta é uma gripe como as outras embora não seja bem.
As taxas de juro continuam a descer, o que só pode demonstrar a razão de Sócrates nos seus vaticínios de alívio do orçamento das famílias. Azar, azarinho dos que o emprego perderam ou se perdem em formações e pior ainda daqueles que ao subsídio apenas almejam e que felizmente não pesam nos cofres do Estado, que o que nós estamos é fartos de gente inútil e que só quer viver à conta dos outros, dos que trabalham, dos empreendedores, daqueles que, enfim, afinal até vivem melhor e não trabalham na empresa errada. A que fechou.
O Lopes da Mota, que entretanto já ninguém se lembra quem é, lá continua, dá entrevistas, quer ser ilibado e o Eurojust que se lixe se entretanto ficou desacreditado ou debilitado. O Freeport, esse lá está e ao que parece, e apesar de todas as notícias e previsões, sito lá por terras de Alcochete. O único problema continua a ser o estuário, as aves migratórias e a praga de gralhas que não souberam ou quiseram comer e calar-se.
Há ainda o Cristiano. O Ronaldo e o primeiro treino, o primeiro peido de branco vestido. Branco, tal como as meias daquele que um dia foi preto, mas deixou de ser e apenas deixou um nariz em estado criogénico, uma dança e um enorme teste para a paciência de todo e qualquer ser normal.
Se calhar é por isto que não tenho tido qualquer vontade de escrever. Ou talvez não. Mas não importa, pois hoje, amanhã ou noutro qualquer dia vou ter outro tema, ou o mesmo e mais ou menos paciência para neles pensar e sobre eles dissertar. O que importa mesmo é a música, a que vou deixando e a que vou sempre ouvindo, que de resto já nem sei bem o que por aí vai servindo de distracção.
3 comentários:
Poderia dizer que a maior parte da culpa de tudo isto é do Benfica, mas a quantidade de gente que perceberia não compensaria o número de reacções vexadas.
Ah! As opiniões... são mesmo como as vaginas! Dá quem quer, independentemente da qualidade que possam ter. Tu deste a tua (opinião! não a vagina!). Mas convém que leias a Constituição antes de afirmares a insconstitucionalidade referida no primeiro parágrafo do post.
Discordo de alguns pontos de vista, mas numa coisa tens 100% de razão: "O que importa mesmo é a música...".
E foi mesmo por isso que hoje voltei aqui! Obrigado pela sonoridade que nos (ME!) vais dando.
Pois é, meu caro, tens toda a razão no que dizes sobre as opiniões. Mas sobre a anticonstitucionalidade não creio estar equivocado, até porque, e só li com atenção depois do teu reparo, a ideia é apresentada para uma proposta de revisão futura da Constituição. Na nossa, na actual, não tem cabimento. E espero sinceramente que nunca venha a ter. O que escrevi é que nem grande sentido tinha, mas o texto era sobretudo sobre esse cansaço que vou sentindo com essas questiúnculas desnecessárias. Mas, lá está, é apenas uma opinião.
Tudo isto que se lixe, na verdade mais vale valorizar o que nos une, não é verdade? O dia em que a música deixar de aqui estar presente só pode ser o dia em que o blogue perde todo e qualquer significado. Por isso vai voltando, garanto que és sempre bem vindo.
Abraço
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