20 de abril de 2009
não faz mal, limpa-se ao jornal
O tecto de uma escola ruiu na sexta-feira. A notícia nem causou grande espanto, apenas preocupação pela segurança. Das crianças, claro. Os professores aqui nem interessam muito. Nem para o poder político nem para os jornalistas. A notícia, aliás, foi dada com condescendência. Ao estilo de uma qualquer tragédia no estrangeiro. Morreram dezenas, feriram-se centenas, mas... não há portugueses entre as vítimas. Foi sensivelmente a isto que assisti na televisão. Pública e privada. O tecto ruiu. Não houve feridos... entre os alunos. É evidente que até a ministra tinha que demonstrar a mesma sensibilidade. Ou falta dela. Mas não se fiem em mim. Leiam vocês mesmos. Fez-me lembrar uma ocorrência numa escola onde trabalhei. Uma ameaça de bomba. A terceira por sinal. Chego e vejo a escola vazia. Pergunto o que se passa e informam-me que estava a brigada de minas e armadilhas na escola. Os alunos tinham sido enviados para casa. Os professores... bem, esses tinham de esperar na sala respectiva e cumprir horário. Nada de importante. Afinal o melhor do mundo são as crianças.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Excelente prosa. Vou rapiná-la para o Fliscorno, posso?
Evidentemente. E fico grato pela atenção.
E não é que este é mesmo o pensamento o dominante!?
Um abraço e obrigado pelo tiro - certeiro!
Enviar um comentário