23 de abril de 2009

avulso

A medida é boa. No papel. O problema é a falta de realismo. As escolas estão um gigantesco bordel. E neste mundo de confusões pretende-se impor o imediato alargamento da escolaridade obrigatória. Não importa que muitas não tenham condições físicas para tal, nem importa o custo associado à medida. Ao que parece para mais trinta mil alunos nem necessário é contratar mais professores. O que é realmente relevante é vender. A ideia. E isto é vender. Só. Nem importa se o produto é bom. Como diria certamente qualquer gestor de marketing. Quando se afirma e reafirma as consequências da crise, é preciso questionar se é este o momento para estas aventuras. Particularmente quando ainda nem está assegurada a qualidade no ensino básico. As prioridades estão todas trocadas. E parece que ninguém percebe. 
A analogia do Jaguar nem creio que valha a pena comentar. É totalmente desadequada. Mas assim é também esta equipa ministerial. 

1 comentário:

psergio57 disse...

Há um ano, em Setembro de 2008 dizia a mesma que o alargamento 'seria um erro' e que "Há muitos jovens que tiram o 9º ano e vão trabalhar para enfrentarem as dificuldades das famílias" e por isso, defende, "o país deve primeiro preparar o sistema de ensino e preparar as famílias e fazer o alargamento da acção social...". Agora o País está muito melhor, os jovens já não precisam de ajudar as famílias e a acção social vai dispor dos milhões necessários. Isto é que é coerência. Eleitoralismo a quanto obrigas. Esta falta de seriedade que já espanta ninguém vai minando a credibilidade da política e da própria democracia...