27 de setembro de 2009

Reflexões Inconsequentes



Os meninos prodigiosos dos Gato Fedorento têm, ou passaram a ter, o condão de fazer com que as pessoas se riam ainda antes da piada atingir a punch-line. Em relação ao alcançar de uma audiência fantástica, de todas as gentes, são os maiores. E aproveitam para passar as suas mensagens, em programas que eles próprios achariam que deveriam ser melhores.

Mas, como dizem os conscientemente iluminados, "ao menos assim metem o povo a pensar nestas coisas e vê-se mais que os Malucos do Riso". É, deveras, de se lhe tirar o chapéu (aos Gato Fedorento, não aos iluminados), mesmo que continuemos a jogar por baixo e a satisfazer-nos com uma alguma mediocridade. "Mas Roma e Pavia não se fizeram num dia", argumentarão.

Às vezes os Gato Fedorento usam piadas tão complicadas que o seu enorme público não percebe - por não haver uma certa entoação de voz - que chegou o momento de rir. Imagino que será nesses momentos que a pandilha de R.A.P. se sente melhor, suspirando à mistura.

Note-se, no vídeo acima, que ninguém se ri da muito boa piada ao suplemento do Público. Acho que é o melhor retrato que este programa poderia fazer - apesar de involuntariamente - sobre o país e esse tal povo que assim sempre vai "abrindo os olhos". Logo a seguir aos 03:15.

t.

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