28 de fevereiro de 2009

se vivesse em Vialonga também estava puto da vida

A cerimónia do «culto ao chefe» arrancou ontem. Há quem lhe chame congresso. Mas é só a brincar. Num congresso discutem-se ideias, propõem-se soluções. Mostram-se alternativas, explica-se como se pretende enfrentar o futuro. No imediato e a longo prazo.

Como todos sabemos não é nada do que se passa em Espinho. Por lá só ouvimos falar de cabalas, de campanhas negras. E malha-se. Não na direita.  Apenas na esquerda, adversário incómodo e que pode perigar o domínio absoluto do portugalete.

Em suma... o que mais por lá se ouve são discursos inócuos, vitimizações, ataques pessoais e delegados cada vez mais acéfalos, sem uma única opinião pessoal. Como convêm. De meter inveja a qualquer Chávez, Sílvio ou Fidel da «nossa praça».

Na política, como na vida aliás, quem se limita a discutir pessoas é completamente medíocre. Pessoas interessantes discutem ideias, não se entretêm com ataques pessoais. Não vale a pena explicar, eu sei... mas é pena!     link 

It really, really, really could happen

27 de fevereiro de 2009

caramel

Vale bem a pena ver esta magnífica sequência. Assim como observar a loucura do fotógrafo, Clark Little. 

26 de fevereiro de 2009

ó Felisbela, ó Felismina

O Banco diz que o que fez foi bem feito. O ministro diz que não interferiu no dito acto. A administração reafirma que ouve sempre o governo. A oposição grita Aqui d´El Rei!, apenas para denunciar que ele vai nú. Não que se importe, mas não vá alguém queixar-se por pudor. Ou com medo da zaragata. Pelo meio, que fazemos nós? 

Não sei ler nem escrever mas não me ralo
alguns há que até a caneta lhes faz calo
é só assinar despachos e decretos
p'ra nos dar a ler a nós, analfabetos


E quanto a apertar cinto, sinto muito
Filosofem os que sabem lá do assunto
Mas com esta cinturinha tão delgada
Inda posso ser de muitos namorada

Rabugenta, eu? Não senhor
eu hei-de ir desta pra melhor
mas falo pelos que cá deixo
não é por mim que eu me queixo

Cá se vai andando
c'o a cabeça entre as orelhas link link link

Música em lugares estranhos II

como dizia o outro

Agora é a vez dos médicos. Não é a sério, vão ver. É só para os cabeçalhos e fóruns do jour. Gosto é da comparação com os professores. Nada inocente diga-se. É, de resto, o verdadeiro motivo para o assunto ser lançado. Serve apenas para as Marias e os Jaquins contarem as suas estórias do centro de saúde e chamarem de preguiçosos a essa canalha que não educa os filhos e os netos. E toda a gente fica contente. Cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas.

Nem tudo o que parece é!

A noite europeia de ontem foi de facto de má memória para o futebol nacional, em especial para todos os sportinguistas que para sempre a haverão de recordar. Estive mais uma vez presente no estádio com intuito de ver um bom jogo de futebol, numa fase da competição onde apenas estão presentes as melhores equipas europeias. O resultado ilude face à qualidade de ambas as formações. O que se passou em Alvalade ontem foi tão somente Futebol! Não existe uma explicação para o sucedido, mas sim várias. Apenas quem percebe de futebol pode interpretar as várias ocorrências do jogo com seriedade e justiça. O importante é corrigir os erros. Só os melhores têm essa capacidade. Para o futuro, mais do que tudo é preciso carácter e humildade. Força!

25 de fevereiro de 2009

o fado a verde e branco II

É a triste sina leonina. E, como já é usual, no momento em que as coisas até pareciam compor-se. É a terceira derrota por cinco, é preciso relembrar. Uma meio a brincar, duas bem a sério. Não vi o jogo, mas, de acordo com as crónicas, o desiquilíbrio nem foi assim tão grande. Ao que parece foi daqueles jogos de tiro ao boneco. Cada tiro, cada boneco.
O Sporting na Europa do futebol é bem pequenino. Mas é bem grande no sentido trágico-cómico. Tinha aqui escrito isto em Novembro. E parece que nada mudou desde então. Este Sporting parece mesmo em fim de ciclo. Paulo Bento já não consegue espremer mais a matéria prima de que dispõe. Provavelmente ninguém conseguirá. E é pena. Sobretudo para Paulo Bento, que não merece sair com resultados destes.  link

P.S. - A propósito.. o título do post anterior também não ficaria nada mal a este.

larada

A primeira-dama dos EUA salienta o “bom temperamento” da espécie portuguesa. "Do ponto de vista do tamanho, ficamos a meio (...). Além disso, todas as pessoas que conhecemos e que têm um estão radiantes. "


Lá vantagens ele tem. A qualidade da larada é que deixa algo a 
desejar. À consideração do casal Obama, que todos os aspectos deveponderar.

está explicado


Fotografei isto hoje no café. Foi capa na 2ª feira passada. Bem sei que o jornal não oferece nenhuma credibilidade, mas quem o viu indignadíssimo há umas semanas com a postura de uns certos ingleses
. Isto não pode ser capa em dia algum. Não a sério.

analfabetismo e coutadas

Digo repetidamente que a educação em Portugal ainda não bateu no fundo. O laxismo iniciado há umas décadas e agravado pela actual equipa ministerial ainda não se fez sentir na sua plenitude, pelo que poderemos esperar que o assunto continue na ordem do dia. Eu bem sei que ele cansa. Merece é cada vez mais atenção.

Sempre ouvi falar da revisão dos programas. Mesmo quando era aluno. O que constato é que eles tendem cada vez mais a promover a desvalorização de conteúdos. Privilegia-se a entidade abstracta das competências, esquecendo-se os objectivos e o que deveria ser o resultado final das aprendizagens. O conhecimento nunca foi tão desvalorizado. E ainda espero um dia a explicação de como se pode «fazer sem saber fazer».

Constato mais uma vez que quem realmente deveria reformular os programas não é ouvido. Os professores, aqueles que directamente com ele trabalham, são, mais uma vez, substituídos pelos pedagogos de gabinete. E novamente a avaliação é desvalorizada. De resto isto só irá parar quando acabarem as reprovações e quando os meninos transitarem directamente até ao fim da escolaridade obrigatória. A economia assim o exige. E as estatísticas ficam bem mais bonitas nos relatórios (os verdadeiros) da OCDE.

Era bom era que os pais perguntassem para que isto serve. Os professores ninguém ouve, mas os pais que andam a fazer? Presumo que seja bom sustentar analfabetos funcionais ad eternum. Só pode!

Mais uma coisa. Desde que o PS está no governo que se constata a pretensão de transformar as escolas em coutadas. Este nem é o primeiro passo, pois, para ser realista, isto na prática já acontece. Agora só se legitima legalmente. 

24 de fevereiro de 2009

Wrong

From the upcoming new album: Sounds of the Universe.

quando a explicação é mais estúpida do que a realidade


É completamente desnecessário fazer qualquer tipo de comentário sobre este assunto. Ele já é estúpido quanto baste. Só o trago à baila pelo prazer de publicar a obra em questão e assim incomodar mais alguém na sua moral elevada e nos seus bons costumes

gomorra

imagine um país contruído pelo crime
imagine que as pessoas têm receio de que o mundo lhes caia em cima da cabeça
imagine um sistema envenenado pela corrupção

Lisboa, Portugal 2009

ninguém é inocente
nenhum lugar é seguro
ninguém é poupado

Portugal


i put a spell on you

Nem de propósito. Há já umas semanas que desencantei isto no Youtube. Só estava à espera do momento certo para publicar. Eu bem sabia que ele chegaria. Como aconselha outro dos meus parceiros do blog... tocar os dois ao mesmo tempo.




POWER (LORD)

Inland Empire (2006) é o filme mais experimental de David Lynch desde Eraserhead (1978) e seguramente o melhor após este. Filmado em vídeo digital, e à semelhança de Mulholland Drive (2001), é um retrato sinistro sobre Hollywood. Visualmente arrebatador de cores impressionistas, iluminação expressionista e grandes planos perturbantes. A produção com rodagem de um ano e distribuição independente acentuaram a posição política em relação ao sistema que denuncia e o vómito de sangue de Laura Dern, no Passeio da Fama, não podia ser mais esclarecedor.
A sequência final atrás dos créditos é impressionante, com um twist fellinesco em volta da fantástica versão de Sinnerman de Nina Simone.
Uma obra-prima que passou despercebida. Ou talvez não (Serpa, 2007).


23 de fevereiro de 2009

irmãos adoptivos

Realmente só dá para rir. No fim de semana ficámos todos a saber porque razão demorou quatro anos para que a investigação ao Freeport avançasse. A prescrição, essencial palavra do léxico judicial português, a isso obrigava. Hoje uma sentença de tribunal confirma-nos que a corrupção compensa. Nada que já não soubéssemos, mas o descaramento é cada vez mais evidente e isso sim é notícia.
Aqui ao lado, na vizinha Espanha, nada é igual. Há corrupção? Certamente. Há também vergonha na cara. E basta a insinuação para logo se impor o decoro. Por lá pelo menos a mulher aparenta ser séria.

monkey gone to heaven

A arte é sempre discutível. Depende sempre do olhar de quem vê e até da predisposição para o que vamos observar. Talvez por isso até ache piada a este exemplo de artwork preparado para o novíssimo Years of Refusal, de Morrissey.

O que já me custa a perceber é a comparação com este exemplar de gosto discutível feito por cá. Lá está, depende muito da nossa vontade de apreciar o que nos é exposto. Mas atenção... ouvi num destes dias classificar «El Cid» como um visionário. Muitos adjectivos podem ser válidos. Visionário é que não pode ser um deles. Eu cá não pactuo com gente que faz pouco das deficiências dos outros.

chuta para o lado

Os pénaltis é que preocupam. Os verdadeiros e aqueles que ajudam a justificar o injustificável. Neste particular o nosso primeiro anda cada vez mais a adoptar a táctica futebolística. A culpa só pode ser do árbitro. Ou dos jogadores. Os números do desemprego até são animadores, os trabalhadores é que não fazem o que eu mando. 
Que bem se aplica o tal epíteto de"chico esperto" que alguém usou para avaliar a estúpida sorte de quem nos comanda. 

22 de fevereiro de 2009

assim sim

Era útil que o PSD vivesse na serenidade de Paulo Rangel. Boa entrevista, excelente interpretação do actual panorama político e um estilo que merece ser realçado. Sem peixeiradas e gritos de insídias ou cabalas. A visão sobre o caso Freeport é excelente e de resto a única que se aceita. Tudo o resto são fait diversA justiça que actue e que nas urnas se faça o julgamento político. Esse também é necessário e é bom que ninguém se esqueça dele. Já são alguns anos de profundos enganos e distracções.

música em lugares estranhos



not much chance for survival...

21 de fevereiro de 2009

PRO SHOT

maravilhoso 31




















foto daqui

dislates

Uma das palavras que mais oiço vindas de qualquer defensor dos partidos do centro em Portugal é demagogia. É utilizada amiúde, sempre que alguma proposta é apresentada ou alguma crítica feita. É demagógico falar em baixar os impostos, é demagógico propor limites aos despedimentos, é demagógico criticar os off-shores, é demagógico propor novas medidas de apoio aos desempregados. Pois eu aqui digo: é demagógico o... carago!
Demagogia são estes discursos imbecis em que se reconhece a crise e se afirma a necessidade de resistir. A única necessidade que temos de resistir é a estes políticos de merda e aos seus boys de serviço, sempre dispostos a baixar as calcinhas a cada palavra do seu líder.
Já chega de tanta gozação. É a euribor que desce e que aumenta os salários de quem mantém o emprego, é o petróleo que vai dando uma benesse à carteira, é o discurso do tributar os ricos para distribuir aos pobres. Reafirmo: só os estúpidos e os ignorantes é que acreditam nisto.

mask

Complicated crushed up disappointed squirming angry thrusting stabbing regretting starving greedy human alien being, struggling down the street, up the alley, in the elevator, through the party, to the office, in the bedroom, on your way to the morgue. Bullshitting, lying, doing a good deed or feeling loved barely possible. Aware of insatiable demands of not a society all around you. Chunky frat boys in their shorts, pimps with old semite eyes, sex hoochies of the jungle, sensitive smart alec college graduates, critics fronting franticly in New York city, every body in L.A just plain licking ass or having it licked, irony in place of balls, balls in place of brains, brains in place of soul, where is the soul?, where is the love?, where am i?

Which mask are you ?

imagem daqui

20 de fevereiro de 2009

era só preciso não seguir a cenoura

É absolutamente lamentável como a igreja se está a deixar arrastar para este espectáculo deprimente. Parabéns aos estrategas que delinearam este golpe de ilusionismo. Assim se conquista um país, ninguém duvide.

orgulhosamente sós

Não deixa de ser engraçado ver o Partido Socialista defender a teoria do «orgulhosamente sós». Deus nos valha se estes senhores não conseguirem o que desejam. O PS que eu conheci não desprezava os contributos  de outros partidos e não cuspia em toda a sociedade civil. Aliás, vale bem a pena recordar a infância política de Sócrates e de onde ele veio. Sempre ouvi dizer que o dinheiro transformava as pessoas, que o poder baralhava o espírito de qualquer um. Admito que assim seja, mas não justifica a crescente intolerância de um partido que sempre se afirmou (e afirma) como democrático. Só a clientela não se sente enganada.

and me the passenger

19 de fevereiro de 2009

assim vai a liberdade

Este governo conseguiu acabar com a escola democrática. Não é preciso muito para perceber isto. Os conselhos pedagógicos tornaram-se órgãos consultivos e o novo modelo de gestão das escolas impõe uma estrutura vertical, que consagra a imbecilidade da divisão da carreira. Mas há neste ministério quem ainda não esteja contente. É preciso humilhar, ordenar e fazer vergar todos os que ainda enfrentam o poder deste governo todo poderoso. Este caso de Paredes de Coura é insólito a vários níveis. E bem significativo da verdadeira face do ministério dos últimos quatro anos. Não ouve ninguém e não quer ouvir. Tirando os pais, claro, só satisfeitos quando as escolas lhes ficarem com os rebentos ad eternum. Este tipo de ingerência julgava eu nunca ser possível num país democrático. Era engraçado que reparassem no número de vezes que este ministério nos fala em autonomia. É uma pena ser apenas para o que lhe convém.

ó valha-me nossa senhora!

A vergonha já tinha sido perdida há muito. Agora perdeu-se o tino. Ainda há dias comentava noutro blog acerca da possibilidade de limitação da liberdade de expressão. Defendi na ocasião que nenhum limite deveria ser imposto, que apenas o bom senso pode limitar esta liberdade e tal virtude não se impõe por decreto. Reafirmo hoje o que disse então. Se alguém se sentir ofendido que recorra aos tribunais ou, se não considerar relevante, que ignore, pois essa é sem dúvida a melhor maneira de lidar com a estupidez.

Estava bem longe de imaginar uma situação como esta. Como é possível nos nossos dias alguém impedir uma brincadeira num cortejo de carnaval? Por mais estúpida que seja essa brincadeira. Bem sei que é uma redundância juntar as palavras estupidez e carnaval, mas que querem...

Ficamos, portanto, hoje a saber que a liberdade de expressão está realmente ameaçada. Ícones há que são intocáveis, como fica bem patente nesta decisão do Ministério Público. Claro que isto tem uma importância relativa, não é? Só vos digo que é assim que começa a história do macaco.

lazy

Imagine there's a girlfriend
Imagine there's a job
Imagine there's an answer
Imagine there's a God
Imagine I'm a Devil
Imagine I'm a Saint
Lazy money, lazy sexy, lazy outa space

David Byrne


imagem daqui


plain and simple

18 de fevereiro de 2009

upper class twit

Ao que parece começaram ontem as audições para o upper class twit of the year. O certame terá lugar num qualquer tribunal perto de si e pretende galardoar o espécime que interpretou mal a expressão dar com a boca no trombone. Ao que parece há vários candidatos. E reparem como se amontoaram ao longo dos últimos quatro anos. “Foi tudo um truque da justiça”, afirma fonte ligada ao processo, que realça a perspicaz aposta dos procuradores na técnica do «é melhor não fazer nada, só para ver se alguém se descose». link

amazing technicolor dreamcoat



17 de fevereiro de 2009

Eu cá não digo, mas penso

“Aquela jurista foi um erro de casting. Não sei, nem quero saber, a sua orientação, mas falta-lhe homem”
in Publico.pt

Ao que parece o deputado Pedro Duarte não escreveu isto. A sua conta foi invadida. Olha o divertimento dos moços, olha... Vá lá que não fizeram nenhuma piada sobre a Câncio, senão a secreta bem lhes tratava da saúde. 
Como resultado desta brincadeira, o deputado encerrou a sua conta até perceber o que se passou. Eu proponho que no próximo Carnaval alguém se mascare de Santos Silva e diga algo acertado. Só para ver se ele também resolve fechar a matraca. Ah, o que eu gosto de «malhar na direita»!

o estilo mão na anca

Que o Prós e Contras é um programa histérico já todos sabíamos. Que escolhe os temas de forma pouco credível também não é novidade. Que usualmente escolhe mal alguns dos intervenientes também não surpreende. Ontem não vi o programa porque sinceramente o tema não me parecia interessante. E serve, como já aqui referi, exclusivamente para desviar atenções. Sobre o assunto já tenho opinião formada há uns anos e o tipo de discussão que o rodeia esbarra sempre em lugares comuns e em preconceitos repetidamente afirmados.

Fiquei curioso, porém, com o burburinho que provocou em alguns dos blogs que costumo ler. E como gosto pouco de falar sobre o que não conheço, predispus-me a ver os vídeos disponíveis no site da RTP. Todos os contras que comecei por citar estão lá. Com especial ênfase na escolha de alguns convidados. Isabel Moreira e Fernanda Câncio à cabeça. Da primeira desconhecia por completo a sua existência. Da segunda há muito que já não tinha grande opinião.

O estilo de dedo em riste nunca me agradou. E sempre achei que retira credibilidade aos argumentos de quem o usa. Foi o que mais vi ontem por parte das ditas cujas, sobretudo da primeira. Durante o tempo que ouvi o programa, questionei-me diversas vezes sobre a posição que sempre defendi. Ao contrário do que pensava, a intolerância veio de onde não esperava. E de seta apontada, para não lhe escapar nada. Mostrou bem como esta esquerda moderna é, de facto, insuportável. A causa até pode ser justa, mas o estilo justiceiro é altamente condenável.

Escuso-me a debater qualquer dos argumentos apresentados. São, como esperado, corriqueiros e batidos. A única coisa que fica do programa é mesmo o estilo empregue por estas mosqueteiras do sim. Deplorável e de um snobismo a toda a prova. Lá está, o mal deste mundo é as pessoas inteligentes estarem cheias de dúvidas e as estúpidas cheias de certezas.

Não que interesse, mas, para quem ainda não percebeu, sou favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Sou favorável à adopção. E, apesar das muitas dúvidas que estas pessoas me provocam, sou de esquerda. Sempre fui e, provavelmente, sempre serei. Mas porra... esta gente é exasperante!  

why are you following me?

Depois de todos os protestos contra a vigarice facilmente constatável, a montanha pariu um site. Extraordinariamente útil para todos os imbecis que andam na demanda do Graal. Bem sei que por cá até é um número considerável. Pelo menos fazendo fé nas filas que de vez em quando vejo para poupar cinco cêntimos. Ó senhor Manel Pin, não o ouvi dizer há uns meses que ou a situação normalizava ou teria de tomar outras medidas? É que o petróleo continua abaixo dos 50 dólares.
O que lhe vale é que os tugas são como a Dori e têm memória de 3 segundos. Perdoa-lhes senhor que eles não sabem o que fazem. 

16 de fevereiro de 2009

odo

A melhor sugestão para solucionar a crise que até agora ouvi veio de Jon Stewart. A proposta é simples. Em vez de distribuir subsídios pelos bancos, o dinheiro deveria ser dado aos clientes. Estes, por sua vez, pagariam as dívidas que têm aos bancos, o que agradava a todos. Certo? Uns ficariam sem dívidas e os outros encaixavam o dinheiro de que tanto necessitam.
É uma pena que ninguém leve isto a sério. É assim tão irrealista a ideia de colocar o odómetro a zeros?  link link2 link3

there are two colours in my head

15 de fevereiro de 2009

Dudes?




t.

No Age

Cacofonia ou Punk Pop?

Distant Voices, Still Lives.

- "Why did you marry him, mom?"
- "He was nice. He was a good dancer."

É frequente ouvir críticas negativas sobre o cinema português mas e o que dizer sobre as escolhas que nos são dadas nos cinemas multiplex? Confesso que quase não procuro ver o que está em cartaz porque cada vez que o faço é uma perda de tempo. Para quem vive nos dois grandes centros as escolhas alargam-se, mas não muito mais. O DVD veio dar uma pequena ajuda e é possível aceder a filmes que de outro modo não seria possível. Este é o último filme que comprei, importado. É sem dúvida um dos grandes filmes a sair de Inglaterra. De 1989 e dirigido por Terence Davies.


the bomber

In the red corner... José «Bomber» Sócrates!
In the blue corner... José «Bomber» Sócrates!


Yupi! Viva!


is it much that I feel

Grande álbum. Andava a namorá-lo há umas semanas e hoje não resisti a trazê-lo para casa. Merriweather Post Pavilion, um dos álbuns do ano. E ele ainda agora começou.


14 de fevereiro de 2009

Infames!

Pela primeira vez escrevo no blog, a convite do meu querido amigo Jorge. Entendo este espaço como um local, entre outras coisas, para desabafos. Pois bem, o meu primeiro desabafo vai para o estado da segurança neste país. Os tempos de hoje são de contenção, mas bem vistas as coisas! Será contenção poupar na Saúde? Na Educação? E na Segurança? No meu ponto de vista, nada mais errado, do que seguir este caminho. Tempos houve que em Portugal tinhamos o gosto pela sabedoria, pelo bem estar físico e psíquico. Fosse pela repressão, ou não, podiamos sair à rua descansados. Bem sei que condicionados na liberdade e na expressão. Mas e hoje? Onde está a liberdade de poder sair à rua sem a mínima segurança. Agentes de segurança pública, onde andam? Poucos, concentrados em áreas restritas e sem vontade de agir, não vão rasgar as fardas e entrarem em prejuízo. Pois bem, não sou surpersticioso - luto por isso - mas hoje em dia sair à noite e regressar sem prejuízo começa a ser uma questão de sorte! Por favor senhores governantes, tomem medidas em prol da segurança e bem estar social. Mais vigilância, melhor autoridade, e MAIS EDUCAÇÃO.

que candura II


O melhor piropo de sempre...

«Ó flor, dá para pôr?»


E é só para não me considerarem um ordinário elitista, que olha com desdém para os festejos da populaça...

and every ocasion

13 de fevereiro de 2009

o sentido da vida

A propósito de uma proposta (juro que não estou a inventar!) que prevê o mínimo de doze horas de educação sexual por ano... Aqui fica a minha sugestão para os primeiros seis minutos e meio. 



Realmente só dá para brincar. Nada me move contra a proposta, mas ela pouco mais representa do que a realidade que já se observa nas escolas. Ou fazem a sério ou deixem-se de merdas e de diazinhos da treta que só servem para animar as hostes.

"mãe da foca!"

Imperdível. 4.58 minutos.

Dudes 4:3



De novo
: tocar os dois vídeos ao mesmo tempo.




.


t.

12 de fevereiro de 2009

alien vs predator

Mais vale tarde do que nunca. Bem sei que estes assuntos mundanos nem sempre preocupam o Vaticano, mas a negação do holocausto é imperdoável. Venha de quem vier.



imagem daqui.

faz-me espécie

A corrupção é algo tramado de provar. La Palice não se atreveria a desmenti-lo. O engraçado é comparar a forma como estes actos são vistos por cá. Se do futebol se tratar, e sobretudo se envolver o FêCêPê, ninguém dúvida. A fruta foi paga com certeza e a justiça é que é uma merda porque não julga estes criminosos. Ora o que me causa espécie (expressão que considero absolutamente irritante e que uso na esperança de provocar o mesmo efeito) é perceber o que motiva este género de convicções e certezas. Num país onde a promiscuidade entre futebol e política é total e imoral, o que levará a que não tenham dúvidas sobre a culpa de uns, mas consigam afirmar certezas sobre a inocência de outros. What´s wrong with this picture?

ainda é manhã?

11 de fevereiro de 2009

durex sed lex

Há uns dezoito anos, lá por altura de outra campanha eleitoral, conheci uns membros da JS que se entretiveram a furar uns preservativos. Material de campanha, para distribuição em acções do partido. Teria sido diferente com a educação sexual apropriada? Presumo que não. A adolescência tem destas coisas. Apesar da consciência do que faziam, a irreverência tudo permitia. Mas se calhar é por isto que têm um puto adolescente a destruir-vos a casa e o juízo.

a fazer de conta é que a gente se entende

O grande defeito da nossa democracia é, sem dúvida, a incapacidade de quem nela participa perceber quando está perante um manto de ilusões. Aparentemente até há quem não saiba distinguir governos de partidos, compreenda erradamente o processo legislativo e perceba mal o porquê de termos insistido na divisão de poderes. A estas mentes iluminadas todo o argumento que contrarie a sua absoluta certeza é por certo uma mentira. Ou deverei dizer uma insídia. 
Eu não sou crente e aparentemente não sou o único. Mas vá, façamos de conta. A vida são só dois dias...

«faith divers»

É espantosa a súbita vontade do PS para lançar temas polémicos na discussão política. O assunto do jour é a eutanásia. Logo depois da já assumida súbita necessidade de legalizar os casamentos homossexuais. Na forja já está (valha-nos Deus!) a regionalização. Se o processo Freeport continua, temo mesmo que rapidamente se descubra a premente vontade de legalizar a prostituição.

Os temas são importantes, sem dúvida. Deviam ser discutidos. Apenas não na completa hipocrisia. Há quem leve isto a sério?

10 de fevereiro de 2009

...

Não sei se é do tempo, da entrevista do Santos Silva, da carta que recebi do banco, das afirmações do Garcia Pereira ou somente por causa do fripor, mas hoje apenas me apetece dizer, uma e outra vez, o quão estúpido é ter orgulho em ser português.

jogos de arcada

8 de fevereiro de 2009

manobras de diversão 2

A tempestade já amainou. Agora é só esperar que esteja tudo entretido e habilmente desviar as atenções. Lá vêm as sondagens, as análises, «o lado negro da força»,  as «malhações» e a conversa da falta de alternativas. Provavelmente outros quatro anos passarão até alguém voltar a preocupar-se com isto. Porque, entretanto, é imperioso descridibilizar (ainda mais!) o Ministério Público, o Serious Fraud Office, a comunicação social e todos aqueles que se atreveram a levantar a voz contra deus todo poderoso.
Explicações não há. Tudo continua coberto de uma densa nebulosa. Pode ser que antes ainda descubram o D. Sebastião. 

7 de fevereiro de 2009

uma medida que se compreende

Gosto pouco de me identificar com as causas desta esquerda, mas, convenhamos, é necessário fazer algo para devolver moralidade à política. A proposta de Louçã faz sentido nesta época de crise. E todos a percebemos. 
Andamos nós a contribuir com milhões com o argumento da necessidade imperiosa de salvar empresas e bancos. Faz sentido exigir a contrapartida. É lógico pedir que, numa altura de crise, quem continua a obter lucros não contribua ainda mais para a sua proliferação. 
A blogosfera e os comentadores do costume já vieram entretanto "malhar" na proposta. Demagógica, irreal, irresponsável, e outros adjectivos afins já circulam por aí. O que eu gostava de saber é quando foi feita uma lobotomia a toda esta gente. É impossível aplicar tal medida? Certamente que não, então para quê o berreiro?
Numa altura em que o sistema financeiro está a colapsar (tomando como absoluta verdade tudo o que ouvimos diariamente), são necessárias medidas que não ajudem a perpetuar o ciclo vicioso. E estancar o desemprego é premente.

que candura

A melhor piada que ouvi nos últimos meses...

Sabem porque construiram um trampolim no Pólo Norte? 

Para o urso... pular!

anxiety disorder

6 de fevereiro de 2009

I like it I'm not gonna crack

Foi a 6 de Fevereiro de 1994 que actuaram no Dramático de Cascais. Quinze aninhos que passaram a correr. Mais uma marca de geração. Não há ninguém na casa dos trinta que consiga ficar-lhes indiferente. Ainda há pouco tempo (se calhar já foi há mais de um ano...) o Fernando M. lembrou-se de passar isto no Incógnito e a casa parecia que ia abaixo. They're in my head...


cínica liberdade

De acordo com estes senhores a liberdade vê-se exclusivamente pelo direito a exprimir opinião. A questão que cada vez mais coloco é para que serve esse direito. Há quarenta anos não se podia dizer baixinho um pensamento, pois nunca se sabia qual a intenção do receptor. Hoje podemos gritar a plenos pulmões, sem que, porém, ninguém nos oiça.

José Lello, como Santos Silva, como Canas nunca perceberão esta ideia. Simplesmente porque representam o mais podre pensamento da sociedade portuguesa, servil e desinformada. O problema não é exclusivo do PS, mas ele é o mais recente exemplo da formatação da maioria, que retira individualidade e atropela todos os que com ela não concordam. Triste é um país que cultiva esta democracia. 

the breakfast club

Tinha 12 singelos aninhos quando vi The Breakfast Club. É um daqueles filmes que marcou uma geração. E olhem que não sou o único a pensar assim. Talvez por isso tenha sido com revigorado prazer que ontem o revi. A magia estava toda lá, embora, claro, a idade já faça observá-lo de outro modo.
As palavras do início é que continuam actuais como nunca. Hail to Mr. David Bowie! O que é bom nunca perde qualidade.

And these children that you spit on
As they try to change their worlds
Are immune to your consultations
Theyre quite aware of what theyre going through


5 de fevereiro de 2009

1984

São merdas "orwellianas" como esta que não consigo perceber. Parece uma violação básica do princípio da privacidade. Assim afirma a Comissão Nacional de Protecção de Dados. E as mesmas reservas são levantadas pelo Presidente, que reafirma o melindre da proposta. Ainda assim o governo considera que deve avançar. Como é hábito no conforto da força da sua razão.
E tudo isto para que serve? A quem interessa? E que benefícios nos traz? Não importa, apenas é relevante que teremos de o fazer, ficar ligados a mais uma base de dados, que sabe Deus como será utilizada. Mais, teremos seis meses para o fazer gratuitamente. Todo o parque automóvel do país. Isto é incompreensível, impraticável e, como se está a ver, vai acabar por nos sair do bolso.
Não há para aí uma crise que ocupe estas mentes brilhantes?

a denúncia

Se a isto não podemos chamar xenofobia... E ainda gostava de saber o que contribui isto para a melhoria da saúde pública. Estou mesmo a ver os emigrantes que agora se aventurarão a entrar num serviço de saúde. Felizmente não é por cá, mas olhem que é num país bem perto de si. E o espírito bufo nem é muito diferente. O melhor é  lerem o que Clara Ferreira Alves publicou esta semana no Expresso

songs the lord taught us

Mémorias de outros tempos. Bye bye Lux.


The Cramps - Tear it Up

haja credulidade!


A dona Justiniana Severino, vinda de Vai Malhar no Outro, disse acreditar também que o Zézinho é um deles e que os fatos elegantes que usa foram na verdade comprados na feira de Carcavelos. Só para enganar os tolos...

Assim vai o país!

4 de fevereiro de 2009

to cynical to speak


Radiohead - My Iron Lung

será que...

Enquanto anda tudo distraído a discutir a seriedade do nosso Sócrates, não sei se repararam que anda para aí uma crise e que no meio de tanto alarido até é possível que alguém se ande a aproveitar dela. As fábricas fecham às centenas (é o que parece pelos noticiários pelo menos...) e não há multinacional que não despeça uns milhares por dia, afirmando a necessidade da contenção de custos. Eu cá, que sou um pouco céptico, só questiono se quando isto passar afinal não vamos descobrir que os despedimentos serviram mais para impedir uma diminuição de lucros em vez das propaladas falências. Bem sei que isto é uma bola de neve, um ciclo vicioso, mas, e como sempre, nota-se que há quem pouco se esteja a preocupar com as consequências de tudo isto. 

3 de fevereiro de 2009

cavala?

Felizmente há quem ainda não tenha estupidificado de todo. Já enjoa toda esta vitimização. Leiam, que mal não vos faz*.
 *com base em estudos realizados no Lesoto, Não inclui despesas associadas a crises gástricas, deslocação ou qualquer taxa moderadora do serviço nacional de saúde.
 
João Miguel Tavares
in DN Online 

depósitos

O fórum da TSF (que conscientemente decidi não ouvir) versava hoje sobre o prolongamento do horário escolar do 1º Ciclo. A escolha do tema resultou de uma proposta de uma Federação de Associações de Pais, que considera que seria muito útil que as escolas acolhessem as crianças entre as 8 e as 19 horas.

Bem sei as dificuldades do horário laboral e os transtornos que provocam na vida familiar. Bem sei que os ATL´s são caros, assim como todas as possíveis actividades de complemento dos horários das crianças. O que não consigo perceber é como insistem em misturar dois mundos que não deviam ser misturados.

No início da minha aventura como professor em Portugal já esta questão se discutia. No saudoso ano de 1998 lembro-me bem o que ouvi do presidente da associação de pais da escola onde trabalhava. Achava aquela cabeça que a escola devia estar aberta ao Sábado de manhã, para que os pais (tão sobrecarregados com os seus trabalhos) pudessem descansar. Ora são estas ideias peregrinas que me chocam.

As escolas não são, ou melhor, não deveriam ser depósitos de crianças. As escolas devem ser espaços de trabalho e aprendizagem. É necessário um acompanhamento posterior? De acordo, mas não misturem o espaço de aprendizagem com o de ocupação de tempos livres. O professor não é nem deve ser animador cultural. Essa estúpida ideia é, de resto, responsável por grande parte dos problemas comuns na escola pública.

Claro que parvoíces como esta nunca seriam ditas se por cá se percebesse simplesmente que ser pai implica sacrifícios. A escola tem um papel social e não creio que seja o de baby-sitter.   

1 de fevereiro de 2009

sarda



Cabala - s.f. ICTOLOGIA peixe teleósteo, comestível, da fam, dos Escombrídeos, comum em Portugal, também conhecido por sarda (do lat. caballa-, «égua»).


*que me perdoem os meus amigos do Norte!

the rhythm of my footsteps


Death Cab For Cutie - Transatlanticism