Fico a saber sempre que no próximo ano vou trabalhar muito pouco. Que somando os feriados e as férias e as pontes (nunca descontadas no tempo de férias, de acordo com estes energúmenos), afinal os dias de trabalho são aí só uns... dez. Até nem é mau, tendo em conta que Deus apenas trabalhou seis e ao sétimo...
Este ano até fazem questão de nos explicar porque a Faculdade de Ciências fecha até 5 de Janeiro, os motivos sinistros porque a câmara de Mafra pretende que os seus trabalhadores tenham semanas de quatro dias ou mostrar-nos que os «sacanas» de Matosinhos vão ter duas pontes.
O que chateia é que isto parte sempre da perspectiva invejosa, muito comum por cá, de destruir o que o outro tem. Não queremos ter o mesmo, ainda que seja bom. Queremos apenas que o outro não tenha. Expor a vergonha dos que conseguem melhor, ainda que de uma forma perfeitamente justa ou compreensível.
É óbvio que para mostrar a razão dos autores de tão relevante trabalho jornalístico somos sempre brindados com as opiniões dos incautos transeuntes. E que nos dizem eles... o normal: «não, se eu não tenho não acho bem», «isto é tudo uma vergonha do funcionalismo público», «eu posso ter de ir tratar de um assunto nesse dia»... A merda do costume, portanto. E que interessa a quem?
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