25 de dezembro de 2008

nem no natal, miss Daisy!

"Não gostaria de todo que um momento de mau gosto e insensatez, que todos podemos ter tido aos 17/18 anos, acabe por marcar um percurso que já é e quero que continue a ser feito de sucesso". 

Aparentemente, e de acordo com a competentíssima directora da DREN, os alunos que fizeram esta brincadeira são agora alunos com sucesso nas aulas e com poucos problemas disciplinares, pelo menos desde que foram integrados numa turma do ensino tecnológico. Para quem ainda não sabe do que se trata, convêm esclarecer que estes «miúdos» apontaram uma arma à cabeça de uma professora. Era de plástico, por isso não é muito grave. Diz o ministério, pelo menos.

Qualquer um que conhece a realidade das escolas, sabe bem o que significa este sucesso e os poucos problemas disciplinares. O que a dona Margarida não diz é que o sucesso se baseia na estupidificação dos programas, num simulacro de ensino, apenas compreensível para os pedagogos de gabinete. E é evidente que existem poucos problemas disciplinares, uma vez que os alunos pouco têm de fazer. Mesmo quando há queixas, a atitude é de permanente desculpabilização das «criançinhas».

Quando é que situações destas surgem? Quando alguém lhes exige trabalho. Aí cai a máscara de toda esta educação. E depois surgem as histéricas dos telemóveis e as ameaças dos filhos da puta do boné.

É evidente que não se deve generalizar situações como esta. Isto são casos de justiça, que devem ser resolvidos nos tribunais. Não pode (e não deve) é haver da tutela qualquer atitude de desculpabilização. Isto é grave, ponto final! E é, infelizmente, cada vez mais rotineiro nas escolas. 

Não sei que fazia a dona Margarida aos 17 anos, mas eu cá nem sonhava em desrespeitar um adulto desta forma, quanto mais um professor. Como é possível ainda alguém defender a competência desta gente.

2 comentários:

Ciência Ao Natural disse...

Eu fazia tudo o que pudesse para por em causa o sistema dos adultos...mas não lhes apontava directamente o que quer que fosse...

Abraço

Luís Azevedo Rodrigues

jorgefm disse...

Exacto. A irreverência não era marginalidade. Penso eu de que...

Abraço