O ME, mantendo a abertura de sempre, que já conduzira ao Memorando de Entendimento com a plataforma sindical, respondeu positivamente à vontade dos sindicatos, expressa publicamente, de realização de uma reunião sem pré-condições, isto é, sem exigência de suspensão da avaliação até aqui colocada pelos sindicatos. Foi por isso agendada uma reunião para o dia 15 de Dezembro, com agenda aberta.
Este é o ponto 3 de um esclarecimento (propaganda pura) que recebi ontem do ministério da educação. Foi enviado às dez da noite.
Duas horas antes já tinha tido a surpresa da suspensão das greves regionais por parte dos sindicatos. Julguei eu ao ouvir a notícia que o ambiente iria agora pacificar e que finalmente os senhores da 5 de Outubro iam aproveitar para estar calados, pelo menos até à agendada reunião de dia quinze.
Afinal comprova-se que não. Este esclarecimento, mais uma vez provocador, é ainda por cima incompreensível, particularmente no parágrafo supra citado. Dizem estas mentes brilhantes que aceitaram a vontade dos sindicatos de fazer uma reunião sem pré-condições, logo sem a exigência de suspensão do modelo de avaliação. A estupidez é evidente. É um contra-senso. Se aceitam é porque largaram as suas próprias pré-condições, não as dos outros. Sobre essas não lhes cabe tomar qualquer decisão.
Compreende-se o que está por detrás disto. Compreende-se a necessidade absoluta de salvar a face. Francamente espero que finalmente exista abertura para alterar todo este processo, enfermo desde a nascença. Fiquei desanimado ao ler este esclarecimento, porém. É quase jocoso e, das reacções que ontem ouvi, tira espaço de manobra aos sindicatos.
A reacção dos professores a esta propaganda tem sido de revolta. E este ministério é imbecil se julga que resolve tudo isto com mais simplificações. Espero para ver, mas este processo parece-me ainda estar bem longe do fim. E se esta sobranceria do governo se mantiver não auguro nada de bom. Veremos.
imagem por Rodrigo
expresso.pt
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