Ontem indignei-me ao
ouvir as declarações do menino que lidera a JSD. E só pode mesmo ser um menino,
pois ninguém com maturidade alguma vez poderia proferir aquelas palavras.
As palavras, que
orgulhosamente repetiu no fim do discurso, referiam-se à necessidade de
‘libertar a sua geração dos direitos adquiridos’. É de uma estupidez atroz e só
possível de ser dito por alguém que nunca trabalhou na vida ou que dificilmente
alguma vez saiu do jugo protector da sua família. Certamente daquelas
extraordinariamente empreendedoras.
É grave que o pense.
É grave que o diga. Esses malditos direitos contra os quais tanto vocifera, são
o que nos dignifica enquanto seres humanos. Garantem o acesso à educação, à
saúde, à reforma, ao apoio social no desemprego, à habitação. E, já agora,
garantem até a liberdade que tem de proferir disparates em público!
Isto começa a ser
demasiado e a ignorância não justifica tudo. Tudo parece estar a ser
orquestrado para uma nova miséria, que por enquanto nada afecta ou preocupa
estes pseudo neo-liberais. E é provável que com toda esta passividade as
asneiras se acumulem.
Há pouco li que a ‘Troika’ quer aumentar os dias de trabalho semanais na Grécia de cinco para seis. A mim apetece-me dizer para sem reservas se acabar com os salários. Voltar ao regime feudal. À séria! Parece que só isso pode gerar desenvolvimento e deixar de oprimir a juventude. Pelo menos a dos laranjinhas.
Sem comentários:
Enviar um comentário