3 de setembro de 2012

submisso.


Ontem indignei-me ao ouvir as declarações do menino que lidera a JSD. E só pode mesmo ser um menino, pois ninguém com maturidade alguma vez poderia proferir aquelas palavras.

As palavras, que orgulhosamente repetiu no fim do discurso, referiam-se à necessidade de ‘libertar a sua geração dos direitos adquiridos’. É de uma estupidez atroz e só possível de ser dito por alguém que nunca trabalhou na vida ou que dificilmente alguma vez saiu do jugo protector da sua família. Certamente daquelas extraordinariamente empreendedoras.

É grave que o pense. É grave que o diga. Esses malditos direitos contra os quais tanto vocifera, são o que nos dignifica enquanto seres humanos. Garantem o acesso à educação, à saúde, à reforma, ao apoio social no desemprego, à habitação. E, já agora, garantem até a liberdade que tem de proferir disparates em público!

Isto começa a ser demasiado e a ignorância não justifica tudo. Tudo parece estar a ser orquestrado para uma nova miséria, que por enquanto nada afecta ou preocupa estes pseudo neo-liberais. E é provável que com toda esta passividade as asneiras se acumulem.

Há pouco li que a ‘Troika’ quer aumentar os dias de trabalho semanais na Grécia de cinco para seis. A mim apetece-me dizer para sem reservas se acabar com os salários. Voltar ao regime feudal. À séria! Parece que só isso pode gerar desenvolvimento e deixar de oprimir a juventude. Pelo menos a dos laranjinhas.

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