22 de setembro de 2012
20 de setembro de 2012
8 de setembro de 2012
indignar: v. t. 1. revoltar: a atitude dele indignou-me.
Passadas 24 horas do anúncio do
roubo, ocorre-me dizer isto. O CDS/PP, e isto é o mais evidente, desapareceu.
Daqui em diante só poderá ser um espectro de partido, pois duvido que alguém
compreenda e se esqueça da sua atitude perante estas medidas. Ir ao ponto de
não considerar um aumento de imposto o que foi anunciado é gozar e prestar-se a
um serviço indigno e incompreensível. Foi a opção que tomaram. É pena que se
tenham enganado na sua grandeza, pois o povo perdoa tudo aos grandes partidos,
mas não perdoa nunca a quem com eles pactua.
Há mais. Desta vez será
incompreensível que este povo não se manifeste. Se tal acontecer, perderá por
completo a noção do seu papel e deitará à rua tudo o que se lutou por
conquistar nos últimos 100 anos. Digo bem, pois isto já não é só falar de
direitos adquiridos em Abril.
E estou preocupado. Estou mesmo.
Vejo muitos protestos nas redes sociais, muitas graçolas, indignação de quem
agora também sofrerá, mas que antes achava bem porque era para os outros, mas é
só. Manifestações? Protestos? Pelo que vejo são para ficar pelo café. Ou então
para fazer ao Sábado. Tipo passeio de convívio, de forma a não incomodar quem
produz.
Eu estou farto. Já não é assim que
se passa a mensagem. Se querem fazer-se ouvir, façam-no a sério. Com
manifestações quando elas incomodam. Com greves a sério, não daquelas de um dia
de passeio ao centro comercial. Esta gente nunca perceberá de outra forma.
Nuno Crato (uma das maiores
desilusões governativas de que tenho memória) dizia ontem que não espera
contestação à sua política. E como ele pensa todo o governo. Jogam na desunião,
no receio, e assim brincam com o nosso trabalho e com a nossa dignidade.
Para os que ainda não perceberam o
que vai acontecer, aconselho-vos a utilizar o simulador publicado pela RR.
Mostra bem o que vamos pagar pela Sonae, Jerónimo Martins, EDP, Galp e tantos
tantos outros.
Acreditam mesmo que desta política
virá emprego? Que um só posto de trabalho seja criado? Se assim for, então são
profundamente ingénuos.
Já chega. Digam-no, mas digam-no a
sério. A quem importa. Não partilhando estúpidas imagens no facebook. E saiam à
rua. Surpreendam-nos!
4 de setembro de 2012
concorrer ao cu de judas ou lamber o cu de judas
Acredito que a vinculação vai
acontecer. Primeiro por nada custar. Segundo por ser reafirmada quase
diariamente. Terceiro, e baseando-me na minha sorte pessoal (de um rigor
científico inabalável), por não ter sido colocado. Sempre foi assim quando algo
de significativo aconteceu.
E pronto. Agora vou dizer o
que penso.
A vinculação?
Acho bem. É de uma justiça a
toda a prova, pois limita-se a cumprir um direito constitucional.
Agora perdoem-me que
manifeste as seguintes preocupações:
Não sei o critério que estará
a ser pensado, mas se acreditar no que tem sido dito, só se aplicará a quem tem
mais de 10 anos de serviço, a quem conseguiu colocação a 31 de Agosto e,
provavelmente, com horário completo.
Se assim for, lá se foi a
Constituição e qualquer preocupação de decência básica.
Tanta e tanta gente com
tantos anos de serviço de fora e, em alguns casos, ultrapassados por renovações,
ofertas de escola manhosas e outros ardis.
Acresce a tudo isto que a
FNE, acreditando nas palavras do seu líder, conseguiu ainda garantir que estes
vinculados estarão sempre numa prioridade diferente dos que já integram os
quadros.
Tudo isto é uma vergonha.
Sinto aliás vergonha alheia por quem defende esta separação. Sim, é verdade que
há contratados com mais graduação, mas também é verdade que quem já lá está
beneficiou de progressões, mudanças de escalão e afins. Separá-los na graduação
é defender o coiro, sem qualquer respeito por quem igualmente se sacrificou
pela profissão. E não, não há uns mais coitadinhos do que outros.
Por fim, cumpre-me apenas
deixar mais uma convicção: acredito que a vinculação terá um custo. Pior por
certo que os dois qzps obrigatórios para concurso (esta gente não dá ponto sem
nó). A alternativa, claro está, será cair nas boas graças de um Director. Daí em diante será por certo a única possibilidade, que ninguém quer de facto pôr cobro à pouca vergonha que são as contratações pelas escolas. Por cada um que fica de fora, há um afilhado que se safa.
E pronto. Não me apetece dizer mais. Aliás, nem me apetecia escrever nada. Mas um título tão bom, tinha de ser explicado.
E pronto. Não me apetece dizer mais. Aliás, nem me apetecia escrever nada. Mas um título tão bom, tinha de ser explicado.
Que tipo de Judas (és) serás
tu?
3 de setembro de 2012
submisso.
Ontem indignei-me ao
ouvir as declarações do menino que lidera a JSD. E só pode mesmo ser um menino,
pois ninguém com maturidade alguma vez poderia proferir aquelas palavras.
As palavras, que
orgulhosamente repetiu no fim do discurso, referiam-se à necessidade de
‘libertar a sua geração dos direitos adquiridos’. É de uma estupidez atroz e só
possível de ser dito por alguém que nunca trabalhou na vida ou que dificilmente
alguma vez saiu do jugo protector da sua família. Certamente daquelas
extraordinariamente empreendedoras.
É grave que o pense.
É grave que o diga. Esses malditos direitos contra os quais tanto vocifera, são
o que nos dignifica enquanto seres humanos. Garantem o acesso à educação, à
saúde, à reforma, ao apoio social no desemprego, à habitação. E, já agora,
garantem até a liberdade que tem de proferir disparates em público!
Isto começa a ser
demasiado e a ignorância não justifica tudo. Tudo parece estar a ser
orquestrado para uma nova miséria, que por enquanto nada afecta ou preocupa
estes pseudo neo-liberais. E é provável que com toda esta passividade as
asneiras se acumulem.
Há pouco li que a ‘Troika’ quer aumentar os dias de trabalho semanais na Grécia de cinco para seis. A mim apetece-me dizer para sem reservas se acabar com os salários. Voltar ao regime feudal. À séria! Parece que só isso pode gerar desenvolvimento e deixar de oprimir a juventude. Pelo menos a dos laranjinhas.
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