por entre os dentes podres a sua baba
de tudo sujo sem sequer prazer!
Como se querem reles e mesquinhos,
piolhosos, fétidos e promíscuos
na sarna vergonhosa e pustulenta!
Como se rabialçam de importantes,
fingindo-se de vítimas, vestais,
piedosas prostitutas delicadas!
Como se querem torpes e venais
palhaços pagos da miséria rasca
de seus cafés, popós e brilhantinas!
Há que esmagar o DDT, penicilina
e pau pelos costados tal canalha
de coxos, vesgos, e ladrões e pulhas,
tratá-los como lixo de oito séculos
de um povo que merece melhor gente
para salvá-lo de si mesmo e de outrém.
Jorge de Sena
2 comentários:
quando uma 'etiqueta' diz poesia, vêm coisas bonitas à memória..
já o fiz em teatro e continuo a sabê-lo praticamente sem ler:
http://www.triplov.com/poesia/vinicius/operario.htm
porque bonito.
**
Gosto muito de poesia.
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