14 de março de 2010

quando o meliante nos ilude

Lá fui ver a Alice. E foi quase tudo o que prometia ser. Estava tudo lá. A inspiração do original, a "negra" Wonderland de Burton, o desempenho de dois excepcionais actores, a novidade do 3D... E com tudo isto não consegui evitar sair da sala com uma certa sensação de vazio. Presumo que é o normal quando a expectativa é grande. Mas ainda assim vazio.
Não sei se foi da fórmula da Disney (e não quero ser injusto), mas é um filme indefinido. Parece querer agradar a todos. Vai alternando o genial com o banal, a piada fácil como o humor negro, até que, e sem nada que o anuncie, uns ridículos dez segundos de futterwaken quase transformam tudo numa anedota. Foi exactamente o que senti.
É por isto que me apetece dizer que é bom, mas não é brilhante. E lamento não poder dizer mais. Continuo fiel a Tim Burton e ainda está para vir um filme da sua autoria que mude a opinião que dele tenho. Mas já vi melhor. Bem melhor até.

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