Há um restaurante nepalês em Lisboa que gosto bastante de frequentar. A comida é boa, os preços acessíveis, o ambiente simpático. Tudo o que é essencial na minha lista. Recentemente, porém, tenho reparado num interessante fenómeno directamente relacionado com o aumento de popularidade do sítio. Nas horas de maior movimento deparamo-nos com a interessante dificuldade de obter uma reserva. Aliás, nem é isso. Obtê-la é fácil. Está à distância de um telefonema. Apenas a partir das nove passa tudo a funcionar num regime de salve-se quem puder. A mesa até está preparada, tudo no lugar, mas vai sendo ocupada por quem chega. É um género de «nacional-porreirismo» nepalês. Estou certo que resulta de um qualquer erro de tradução, qualquer coisa que se perdeu no significado da palavra. O senhor sabe fazer uma reserva. Apenas não a sabe manter. Onde já vi eu isto?
Felizmente é tudo na paz do senhor. Ninguém se chateia, pois é absolutamente evidente que não vale a pena. E, lá está, a comida é boa. Desde que a companhia também seja, tudo se leva na maior das descontrações. E sempre é uma experiência.
1 comentário:
O único que não é equivalente é o do "supervisor". Porque no dito restaurante, o supervisor é imediatamente o nosso interlocutor. E tem nome de marca de autocarro: Man.
Mas é tudo porreiro, lá está. Tanto que não nos propomos abusar dos pratos, mesmo que não tenhamos de pagar um seguro para que os mesmos cheguem.
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