30 de junho de 2011

à Lagarde et à la française



É que foi giro ouvir a Clara Ferreira Alves dizer "quando os gajos fazem merda, chamam-se as gajas", pronto. E assim se anima este blog com música fixe.

15 de junho de 2011

either with or without you



hoje é o que me apetece ouvir. "not that there's anything wrong with that!"

14 de junho de 2011

nothing but silence around me





anyway,
I can try anything
it's the same circle that leads to nowhere
and i'm tired now.

perdi a razão do tempo


o santo António que merece a pena recordar.



Não tem sinal nem posição
Do bem ou mal não tem cartão
Não trago marcas de solidão
Nem gargalhadas de emoção.

12 de junho de 2011

a little bit of false hope





o que eu gosto dos santos populares é uma coisa que não tem explicação.

faz o que eu digo, não o que eu faço

Seria no mínimo de bom tom esperar uns meses antes de vomitar alarvidades destas. Especialmente depois de estar na primeira fila a aplaudir o 'defunto' primeiro. A senhora não se controla, bem sei. Sofre de verborreia 'psiquiátrica'. É até engraçado, pois sintetiza na perfeição a expressão "You won't be missed".

"Penso que está em causa não obviamente a legitimidade politica do seu partido, CDS-PP, como resultou das eleições, em governar, em integrar a coligação governamental, mas do dr. Paulo Portas pessoalmente, por a sua idoneidade pessoal e política estarem em causa em face do seu comportamento em anteriores responsabilidades governamentais”, disse, apontando “o caso dos submarinos e outros casos”. (Ana Gomes dixit)

6 de junho de 2011

this is the new shit

Depois de anos de protesto pode parecer estranho, mas nada tenho a dizer sobre a queda do PS. Não me sinto particularmente feliz. Ainda menos me sinto confiante. A democracia é, de facto, uma merda, mas é o que temos e não conheço melhor.

Há apenas um motivo de regozijo. E não sejam cínicos. É muito bom. Podemos, pelo menos por uns meses, dizer adeus à canalha. Ao Lello, ao Santos Silva, ao Silva Pereira, à Maria de Lurdes, à Edite, ao Canas, ao Almeida e a muitos outros que felizmente o 'alemão' já me fez esquecer. Sim, já sei, os que aí vêm não são muito melhores. Até pode ser, mas ao menos o ar está menos pesado. É como se tivéssemos acabado com a co-incineração numa qualquer cimenteira perto de nós.
E pronto. Já chega. Não sou daqueles que gosta muito de chafurdar a merda na cara de quem perdeu.

Que tudo corra pelo melhor.

5 de junho de 2011

A democracia e o abstencionista.

É muito grave ouvir-se tantas vezes e tão convictamente afirmar - das mais altas instâncias políticas ao muito jovial cidadão - que quem não vota deverá assumir a sua privação do direito de reivindicar, criticar ou opinar relativamente às medidas e pessoas que nos governam.

Haverá certamente argumentos para apontar como defeitos na tomada de tal posição, mas qual a tolerância e noção de sociedade plural que são reveladas em tal condenação, cega e inclusivamente, do abstencionista consciente? O que terá essa condenação gratuita e sumária a ver com a luta, passada e presente, e defesa de valores de liberdade social e individual se o acto de não votar faz, quer queiramos quer não, parte integrante do nosso sistema democrático?

É que democracia, "mas só se for como eu quero", tresanda a intolerância pela posição contrária - com a gravidade, natural, de não a querer ouvir e compreendê-la. Que é perigosa por advir de uma simplória noção de superior esclarecimento social.


E sim, há abstencionistas conscientes das suas posições, é claro; encontrei um e tudo:
http://esculturasnotempo.wordpress.com/2011/06/05/a-desconstrucao-de-um-voto-a-menos/

E o concordarmos ou não com os seus argumentos não interessa nada para esta questão.

1 de junho de 2011

escape the nest

"Isto anda tudo muito mal!" afirma diariamente um colega a todos os que se encontram à sua volta. Perante a ausência de resposta, apimenta sempre o comentário com o soundbyte do dia. A greve, os pepinos, os telemóveis, as privatizações, o que estiver na frequência. Como ainda assim ninguém responde, não se coíbe de vaticinar o futuro: "Mas isto ainda vai piorar!"
A vida é uma merda. E depois morremos.